Rudy Fesak – Massagem excitante no puto

O vento soprava frio e insistente sobre o cais, carregando o cheiro de sal, peixe e gasóleo. **Rudy Fesak** era uma figura tão constante naquele cenário quanto os velhos pilares de madeira podre. Seus braços, marcados por cordas e sol, carregavam caixas de peixe com uma eficiência que era quase uma dança triste. Seus olhos, da cor do céu nublado do Norte, olhavam para o horizonte, mas nunca realmente o viam. Eles estavam fixos em um passado que se desfazia como a névoa da manhã.

Rudy não era um homem de muitas palavras. Sua vida era uma rotina solitária: acordar antes do amanhecer, trabalhar até os músculos doerem, voltar para uma casa vazia que ainda cheirava a ela. *Ela*. Clara. Seu nome era um fantasma que habitava cada canto daquela cidade costeira. Tinham sido jovens juntos, pescadores de ilusões, prometendo um ao outro todos os amanheceres. Mas o mar, caprichoso, a levara numa tempestade há cinco invernos.