Roman Todd fucks Seth Peterson – Step-Father Bonding Day

O armazém abandonado na beira do rio era o refúgio de Roman Todd. Era lá, entre a tinta spray e os fantasmas de indústrias passadas, que ele dava voz aos demônios que carregava nas costas. Suas telas eram as paredes de concreto, suas cores, gritos abafados.
Uma tarde, enquanto finalizava um mural de um pássaro engaiolado com asas de aço, uma voz surgiu atrás dele.
“É agressivo. E triste.”
Roman se virou, de mau humor. Um homem vestindo um macacão limpo e carregando uma caixa de ferramentas o observava, a cabeça levemente inclinada.
“E você é intrometido, Seth Peterson,” respondeu Roman, reconhecendo o filho do dono da fábrica que estava reformando o prédio ao lado.
Seth riu, não se ofendendo. “Apenas observando. Meu pai acha que isso aqui é vandalismo.” Ele apontou para o pássaro. “Mas tem técnica. Você estudou?”
Era a pergunta que ninguém jamais fazia. As pessoas viam a fúria, mas não a forma. Roman, acostumado a ser apenas um “vândalo” para uns e um “artista de rua” para outros, sentiu algo estranho: foi visto.
Seth começou a aparecer com frequência, sempre após o expediente. Trazia duas latas de cerveja gelada e um silêncio companheiro. Ele não falava muito, mas quando falava, era sobre a beleza da estrutura das coisas – como uma escada de incêndio enferrujada tinha sua própria poesia, ou como a luz do entardecer batia no telhado de amianto.
Roman, um furacão de emoções, aprendeu a se acalmar naquele silêncio. Seth, um homem de lógica e concreto, aprendeu a ver a beleza no caos controlado.
O ponto de virada foi uma noite de chuva. O mural do pássaro estava quase apagado, coberto pela primeira demão de tinta cinza dos pintores contratados pelo pai de Seth. Roman estava lá, parado sob a chuva, encarando a parede como se fosse um túmulo.
Seth chegou, sem cerveja, sem macacão. Apenas ele.
“Eu discuti com ele,” disse Seth, sua voz calma carregada de uma rara emoção. “Disse que estava apagando uma alma.”
Roman balançou a cabeça. “Tudo bem. Tudo é temporário.”
“Algumas coisas não deveriam ser,” sussurrou Seth.
E sob a chuva que lavava a tinta grisalha e as faces de ambos, Seth pegou a mão de Roman. A mão áspera do artista, manchada de tinta, entrelaçou-se com a mão calejada do construtor. Não era um aperto de paixão desenfreada, mas de entendimento mútuo.
No dia seguinte, uma nova obra apareceu no armazém ao lado, o que Seth estava reformando. Era uma fênix, suas penas um mosaico de lascas de cerâmica e pedaços de metal recuperados – as sobras do trabalho de Seth. As cores eram de Roman, a estrutura, de Seth.
Juntos, no espaço entre a demolição e a construção, entre a fúria e a calma, eles haviam criado algo permanente. O pássaro engaiolado havia sido substituído por um que renascia, feito de fragmentos, assim como o amor deles.