Roman Mercury and Steve Arcturus fuck

O Observatório Falconhaugh ficava no topo de uma colina, um domo prateado sob um manto de estrelas. Lá dentro, o Dr. Roman Mercury falava sobre a morte. Com um laser apontado para uma imagem de uma nebulosa fantasmagórica, sua voz, suave e clara, preenchia o auditório escuro.

“—E é assim que uma estrela, após um ciclo de bilhões de anos, se despede. Ela se expande, entra em colapso e, em seu último suspiro cósmico, semeia os elementos que um dia formarão novos mundos. Novas vidas. É uma despedida violenta e linda.”

A plateia, composta principalmente de astrônomos amadores e estudantes, suspirava. Roman era famoso por sua poesia ao descrever fenômenos cataclísmicos. Ele era um homem de cálculos precisos e metáforas grandiosas, cuja vida era dedicada a entender o fim das coisas.

Ao final da palestra, enquanto respondia perguntas polidamente, um homem se aproximou. Ele não tinha a postura curiosa de um amador nem a solenidade de um colega. Usava uma jaqueta de couro desgastada e tinha as mãos calejadas de quem trabalhava com ferramentas, não com telescópios.

“Dr. Mercury,” disse o homem, sua voz um baixo terroso. “Steve Arcturus. Gostei da palestra. Mas você falou da supernova como um fim. Para mim, soou como um convite.”

Roman ergueu uma sobrancelha, intrigado. “Um convite para quê?”

“Para começar de novo,” Steve encolheu os ombros, um sorriso fácil nos lábios. “Se ela não tivesse explodido, não haveria carbono para fazer você e eu. Nenhum dos dois estaria aqui, agora, tendo esta conversa.”

Aquela simples inversão de perspectiva atingiu Roman como um cometa. Ele passara uma década estudando aquele fenômeno e nunca o tinha visto por aquele ângulo.