Roberto Zib, Julian Durden and Rusty Taylor have a threesome

O vento soprava frio nas ruas de paralelepípedos do bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, carregando o cheiro do mar e a promessa de chuva. Foi em um bar escondido, com música baixa e luz âmbar, que a vida de Roberto Zib mudou para sempre.
Roberto era um ourives português que havia se mudado para o Rio em busca de inspiração. Suas mãos, calejadas de moldar metais preciosos, agora pareciam vazias. Ele criava beleza para os outros, mas sentia uma solidão opaca dentro de seu próprio peito.
Naquela noite, ele estava sozinho em um canto, observando o movimento, quando a porta se abriu. Entraram dois homens. O primeiro, Julian Durden, era alto, de ombros largos e cabelo escuro penteado com precisão. Ele se movia com a confiança tranquila de um arquiteto que conhece cada ângulo do mundo. Ao seu lado, segurando sua mão, estava Rusty Taylor. Enquanto Julian era linha reta e concreto, Rusty era cor e movimento. Seus cabelos ruivos eram uma chama sob as luzes, e seus olhos verdes brilhavam com uma curiosidade alegre. Ele era um botânico, e seu jeito descontraído falava de horas gastas sob o sol, não em escritórios.
O destino, ou talvez o dono do bar, colocou-os no balcão ao lado de Roberto. Julian pediu um vinho tinto seco, com termos precisos. Rusty, com um sorriso travesso, pediu uma caipirinha “com extra de limão, por favor”. Foi Rusty quem quebrou o gelo, comentando sobre o anel de prata que Roberto girava ansiosamente no dedo – uma peça sua, é claro.