Rob Montana and TheSirBub fuck

O silêncio da cabana de madeira era quebrado apenas pelo estalido da lenha no fogão a pellet e pelo som suave de uma escova sobre tela. Rob Montana, envolto em um casaco de lã grossa, mesmo dentro de casa, era um homem do frio. Suas pinturas retratavam paisagens gélidas e solitárias das Montanhas Rochosas – pinheiros cobertos de neve, lagos congelados sob um céu de chumbo. Era uma arte de solidão majestosa, e ele a protegia com o mesmo ferocidade de um urso pardo.

Do outro lado do vale, em uma casa moderna de vidro e aço que parecia desafiar o inverno, vivia TheSirBub. Seu nome real era Albert, mas ninguém o chamava assim há anos. Ele era um streamer de sucesso, um furacão de cores, memes e energia inesgotável. Sua vida era transmitida em tempo real: jogos, reações, vlogs. Tudo era barulho, tudo era excesso, tudo era quente.

Eles se conheceram por acaso no único mercado da pequena cidade. Rob procurava por um tipo específico de tinta branca. TheSirBub, perdido e reclamando do frio para seus milhares de seguidores através do celular, estava bloqueando o corredor.

“Você poderia fazer seu circo em outro lugar?” a voz grave de Rob ecoou, fazendo Bub pular.

“Cara, isso não é um circo, é meu ganha-pão”, respondeu Bub, mas baixou o telefone ao ver o rosto sério e intriguing de Rob. Havia uma quietude naquele homem que era quase palpável.

Um deslizamento de neve isolou o vale naquela semana. A energia da casa de Bub caiu. Desesperado, com a bateria do celular no fim, ele se viu forçado a bater na porta da única casa com fumaça saindo da chaminé.

Rob abriu a porta, um bloco de sketching na mão. Ele não pareceu surpreso.

“Precisa de abrigo, ou de Wi-Fi?” perguntou Rob, um quase-sorriso nos lábios.

“Os dois, se possível”, admitiu Bub, tremendo de frio.

Dentro da cabana, era outro mundo. O calor era real, vindo do fogo, não de um aquecedor elétrico. Bub, acostumado a um universo digital, ficou fascinado com o mundo analógico de Rob. As telas, as tintas, o silêncio. Ele desligou o telefone, e pela primeira vez em anos, ficou em silêncio.

Rob, por sua vez, descobriu que o “circo” de Bub tinha uma trilha sonora. Enquanto a neve caía pesada do lado de fora, Bub começou a falar. Não para uma câmera, mas para Rob. Falou sobre a solidão do sucesso online, do vazio depois que a transmissão acaba, do medo de não ser nada sem as visualizações.