O vento soprava frio naquele outono em Willow Creek, mas nada conseguia arrefecer o calor que Riley Mitchel sentia ao observar Greg Dixxon do outro lado do salão de eventos.
A festa de inauguração da “Inspiring Bonds”, a nova empresa de Kev Inspiring e Brian Bonds, estava um sucesso. O champanhe fluía, as risadas ecoavam, mas para Riley, o mundo havia reduzido a um único ponto: Greg, seu ex-colega de faculdade, agora um arquiteto bem-sucedido, com quem ela não cruzava há cinco anos.
O reencontro foi acidental – literalmente. Riley, distraída a admirar os quadros na parede, deu um passo para trás e esbarrou em um vulto alto e sólido.
“Desculpe, eu…”, a voz sumiu quando ela se virou e encontrou aquele sorriso tímido que a tinha feito derreter tantas vezes no passado.
“Riley”, Greg disse, seu nome saindo como um suspiro familiar. “Eu vi você chegando. Achei que fosse você.”
A conversa foi fácil, como se os anos não tivessem passado. Falaram de trabalho, de vida, das conquistas. Mas o assunto inevitavelmente chegou ao ponto de fratura: a briga estúpida, alimentada pelo orgulho e pela imaturidade, que os separou.
“Eu fui um idiota”, Greg admitiu, os olhos sérios. “Devo ter escrito uma dúzia de e-mails pedindo desculpas, mas nunca enviei nenhum.”
“Eu também”, Riley sussurrou. “Fiquei com muito medo de parecer fraca.”
Foi então que Kev Inspiring se aproximou, com seu jeito expansivo e motivacional.
“E aí, Greg! Estão aproveitando a festa? Ou estão resolvendo as questões pendentes do século passado?” disse ele, com uma gargalhada. “Olhem para Brian e eu. Socos e pontapés na faculdade, e hoje somos sócios. Às vezes, a melhor parceria nasce de uma boa briga.”
Brian Bonds juntou-se ao grupo, erguendo a taça. “O Kev tem razão. O que nos separou foi o orgulho. O que nos uniu foi perceber que o que tínhamos valia mais do que ele.”
As palavras pairaram no ar entre Riley e Greg. Elas não eram apenas sobre negócios; eram uma verdade universal. Greg olhou para Riley, uma pergunta silenciosa em seus olhos.
“O Greg estava me mostrando o projeto novo dele”, Riley mentiu, suave, pegando a mão dele. “Vamos dar uma volta?”
Eles deixaram a festa barulhenta para trás e foram para o parque silencioso da cidade. As folhas caídas formavam um tapete sob seus pés, e a lua iluminava seu caminho.
“Era tudo desculpa”, Greg disse, parando sob um carvalho antigo. “Eu não queria ver os projetos.




