Rick Kelson and Eli Strong fuck – Dante Kieran, Eli Strong, Rick Kelson
O vento salgado do porto de Aethelburg chicoteava o cais, carregando o cheiro de algas, peixe e diesel. Era um mundo cinza e prático, governado pela força bruta das gruas e pelo suor dos estivadores. **Eli Strong** era uma parte fundamental desse ecossistema. Com ombros largos que parecem esculpidos em carvalho e um aperto de mão que poderia amassar ferro, ele era o capataz mais respeitado do cais. Conhecia cada amarra, cada carga perigosa e cada homem que trabalhava sob seu comando. Sua vida era uma rotina de cordas desgastadas, horários de navios e o som reconfortante do mar contra os pilares de concreto.
Tudo mudou no dia em que **Dante Kieran** chegou.
Dante era o oposto de tudo que Eli conhecia. Ele usava ternos de corte impecável, cheirava a papel velho e café caro, e falava com uma suavidade que quase se perdia no barulho do porto. Era um arquivista, enviado pela empresa dona dos armazéns para catalogar e digitalizar um século de documentos empoeirados que mofavam em um escritório abandonado à beira do cais.
Eli, inicialmente, desprezou sua presença. Dante era frágil, um elemento estranho em seu mundo de força tangível. Ele observava, com certo desdém, como Dante manuseava os papéis com luvas brancas, como se cada folha fosse uma relíquia.
“Mais um que acha que entende de trabalho de verdade”, resmungou Eli para **Rick Kelson**, seu amigo de infância e braço direito. Rick, um homem pragmático com um sorriso fácil, deu de ombros. “Deixa o homem trabalhar, Eli. Ele não está atrapalhando ninguém.”
Mas Dante estava atrapalhando. Atrapalhava a paz de Eli. O capataz começou a se pegar observando o arquivista através da janela suja do escritório. Viu a paciência com a qual Dante restaurava um mapa náutico rasgado, a curiosidade genuína em seus olhos quando descobria um diário de bordo de um navio há muito desaparecido.
A curiosidade transformou-se em uma visita. Uma tarde, Eli apareceu na porta do escritório, com as mãos sujas de graxa, sentindo-se deslocado.
“Encontrou algo útil nessa pilha de lixo?”, perguntou, a voz mais áspera do que pretendia.
Dante ergueu os olhos, sem se perturbar. Um sorriso pequeno e inteligente tocou seus lábios. “Encontrei a história do seu porto, Sr. Strong. A história da sua família.” Ele apontou para um livro contábil antigo.
