Rick Kelson and Buck Bronco fuck
O mundo de **Rick Kelson** era um de precisão absoluta. Como relojoeiro, seus dias eram passados em um silêncio quase religioso, sob a luz ampliada de sua bancada, onde ele realizava cirurgias delicadas em mecanismos de séculos. Sua vida na pequena cidade montanhosa de Aspen Glade era tão calibrada quanto os cronômetros que ele consertava: previsível, segura e solitária.
Tudo mudou com o estrondo de um motor e o som de britadeira vindo da loja vizinha, vazia há anos. O novo inquilino era **Buck Bronco**.
Buck era um mecánico de motos customizadas. Seu negócio, “Bronco’s Chop Shop”, era um templo de aço, óleo e rock ‘n’ roll clássico. Ele usava jeans manchados de graxa, tinha os braços fortes cobertos de tatuagens de engrenagens e águias carecas, e um sorriso largo que parecia desafiar o próprio inverno. Para Rick, ele era a personificação do caos—um furacão de ruído que ameaçava derrubar as paredes da sua existência ordenada.
O conflito era inevitável. Rick reclamava do barulho; Buck encolhia os ombros e oferecia uma cerveja. Rick pedia silêncio para trabalhar em um mecanismo particularmente sensível; Buck virava o som do rádio para baixo, mas o ruído metálico do martelo no metal persistia.
A guerra fria durou semanas, até o dia em que uma nevasca precoce e pesada atingiu Aspen Glade. A energia caiu em toda a cidade. Na escuridão gelada de sua loja, Rick, dependente de luz e lentes de aumento, sentiu uma frustração profunda. Ele tinha um relógio de bolso antigo, uma peça rara, que precisava ser remontada até o fim da semana ou perderia a comissão.
De sua janela, ele viu a única luz na rua: a do “Chop Shop”. Um gerador barulhante zumbia na garagem aberta de Buck, lançando um brilho quente e convidativo na neve.
Engolindo o orgulho, Rick enfiou o casaco e foi até lá.
Buck estava enroscado sob a carcaça de uma Harley, cantarolando. Ele olhou para Rick, trêmulo e relutante na porta.
“Parece que o relojoeiro finalmente precisou de um pouco de cavalos-força,” disse Buck, seu sorriso aparecendo por baixo da moto.
“Preciso de luz,” Rick admitiu, sua voz quase um sussurro. “E de um pouco de calor.”
Buck não hesitou. Ele limpou uma bancada, ligou um aquecedor a gás e colocou uma lanterna de trabalho potente sobre ela. “Fique à vontade. A casa é sua.”




