O sol da tarde pintava o céu de laranja e roxo sobre a cidade quando Rhyheim Shabazz fechou a galeria pela última vez. “UnderstandTrap” – o nome da sua exposição de sucesso – estava impresso em letras elegantes na vitrine. Ele conseguira. Transformara a estética crua das ruas em algo que a alta sociedade apreciava e comprava.
Mas o sucesso sabia a solidão. Foi quando Donnie Argento apareceu.
Donnie era o oposto de Rhyheim: onde um era fogo e convicção, o outro era água e mistério. Um cineasta de documentários com um olhar que parecia ver além das superfícies. Ele queria filmar o processo de Rhyheim, capturar a alma por trás da arte.
Rhyheim relutou. “Minha arte fala por si, mano. Não precisa de explicação.”
” Não se trata de explicar,” Donnie corrigiu, suavemente. “Trata-se de testemunhar.”
E assim, Donnie entrou em seu mundo. E com ele, trouxe os outros.
Eles eram um grupo improvável, uma constelação de personalidades que só fazia sentido no universo particular de Donnie. **Jake Morgan**, o arquiteto de voz mansa e mãos firmes, que projetava espaços que contavam histórias. **Trent King**, o chef arrogante e genial, cujos pratos eram sinfonias de sabor. **Beau Reed**, o florista tatuado que entendia a linguagem secreta das flores. E **Skyy Knox**, a coreógrafa com os pés no chão e a cabeça nas nuvens, cujos movimentos traduziam emoções que palavras não conseguiam capturar.
Donnie não filmava apenas Rhyheim. Ele os filmava a todos, individualmente e juntos, capturando os fios soltos de suas vidas criativas. As reuniões na cozinha de Trent, onde Beau escolhia as ervas e Jake criticava a iluminação, tornaram-se um ritual. As noites na sala de dança de Skyy, onde eles bebiam vinho e viam esboços de suas novas coreografias.
				



