Raw Seba and Tiago Santana fuck – Dream come true

Claro, aqui está uma pequena história de amor para Raw Seba e Tiago Santana.
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O estúdio de **Raw Seba** era uma extensão de sua mente: caótico, criativo e intenso. Como produtor musical underground, seu mundo era feito de batidas pesadas, samples distorcidos e noites em claro fumando em frente a telas brilhantes. Seu pseudônimo, “Raw” (Cru), era perfeito—sua música era visceral, sem polimento, e ele preferia assim. A vida era para ser sentida com os nervos à flor da pele, não suavizada.
**Tiago Santana** era o oposto. Um padeiro, suas madrugadas eram passadas não em clubes, mas na calma ritualística da sua padaria. Farinha, água, fermento, tempo. Suas mãos criavam pães perfeitos, crocantes por fora e macios por dentro, e bolos que parecem obras de arte comestíveis. Seu mundo cheirava a canela e baunilha, e era governado pela paciência e pelo calor aconchegante do forno.
Seus caminhos se cruzaram nas horas mortas da madrugada. Raw, saindo de uma festa com os ouvidos zumbindo e o corpo cansado da adrenalina, parou diante da vitrine iluminada da **Padaria Santana**. O contraste foi um choque. Lá dentro, um homem de avental limpo e sorriso tranquilo colocava pães numa vitrine.
Atraído pela luz e pelo silêncio, Raw entrou. O cheiro era de outro mundo.
“Tá aberto?”, ele perguntou, sua voz rouca da noite e do cigarro.
“Sempre para quem precisa de um lugar tranquilo”, Tiago respondeu, sem se surpreender com a aparição daquele homem de jaqueta de couro e olhar selvagem. “O pão saiu agora há pouco. Quer um pedaço?”
Aquela simples oferta de pão quente, numa hora daquela, foi o gesto mais radical de gentileza que Raw tinha experimentado em meses. Ele sentou-se no balcão, e ali começou um ritual não planejado.
Todas as madrugadas, depois do seu estúdio, Raw ia à padaria. Tiago sempre tinha um café fresco e um pedaço de algo doce esperando por ele. Raw, que vivia de barulho, começou a apreciar o silêncio compartilhado. Tiago, que vivia de rotina, começou a esperar ansiosamente pelaquela visita cheia de histórias de um mundo que ele nunca viu.
O amor nasceu no contraste. Raw aprendeu a apreciar a beleza da paciência, do cuidado lento. Ele até fez uma música para Tiago, uma batida suave e melódica, totalmente diferente de tudo que ele já tinha produzido, que ele chamou de “Pão de Açúcar”.
Tiago, por sua vez, descobriu um novo gosto pela vida. Ele foi pela primeira vez a um show de Raw, ficando na parte de trás do clube, sentindo a música crua vibrar em seu peito de uma maneira que o assustou e excitou ao mesmo tempo.
Numa madrugada como qualquer outra, Raw entrou na padaria e não se sentou no balcão. Ficou parado na frente de Tiago.
“Parece que eu achei minha batida favorita”, disse Raw, sua voz mais suave do que nunca.
“Qual é?”, perguntou Tiago, sabendo a resposta.
“O som da sua paz”, Raw sussurrou, fechando a distância entre eles.
E entre a farinha e o café, o produtor de música crua e o padeiro de mãos suaves se encontraram num beito que era doce, quente e perfeitamente equilibrado—como um pão saído na hora certa do forno.