PoloxxxFans, Liam Galty and Diego Mineiro have a threesome – Round 2

O sol da tarde tingia o céu de laranja sobre a pacata cidade de Riverbend, mas dentro do apartamento de Liam, a atmosfera era de pura tensão criativa. Pilhas de livros de arte e rascunhos de storyboards cobriam cada superfície.

“Está faltando algo, Diego. Algo que dê vida real a esse personagem”, disse Liam, passando a mão pelos cabelos castanhos desalinhados. Ele era um aspirante a diretor, com um olhar sempre à procura de verdade.

Diego, seu melhor amigo e o produtor mais pragmático do mundo, suspirou. “Liam, o orçamento é curto. Contratamos uma atriz, mas ela desistiu. Estamos encrencados.”

Foi então que Liam se lembrou. “PoloxxxFans.”

Diego franziu a testa. “O quê?”

“É um perfil. Eu vi uns vídeos dela. Ela não é atriz, mas… há uma honestidade no jeito que ela fala, uma vulnerabilidade que é perfeita para o papel.”

Contra todo o seu ceticismo, Diego concordou. Dois dias depois, Poliana – a pessoa por trás do *PoloxxxFans* – estava à sua porta. Era impossível não notar seus olhos, que pareciam conter toda a luz que o apartamento de Liam não tinha. Ela era tímida, mas um fio de determinação corria sob sua superfície tranquila.

As filmagens começaram. Liam, normalmente reservado, se transformava atrás da câmera. Suas instruções para Poliana eram suaves, precisas, quase um sussurro que só ela conseguia ouvir. E ela respondia. Nas telas, a personagem ganhava vida, mas fora delas, algo mais profundo começava a florescer.

Diego via tudo. Via o jeito que os olhos de Liam seguiam Poliana mesmo quando a câmera não estava rolando. Via os longos silêncios entre eles, que não eram desconfortáveis, mas carregados de algo que ele, Diego, não conseguia nomear com planilhas.

“Você está apaixonado por ela”, disse Diego uma noite, enquanto arrumavam os equipamentos.

Liam negou com a cabeça, corando. “É só o projeto. A química para a tela.”

“É para a tela, sim”, respondeu Diego, secamente. “Mas não *só* para a tela.”

O projeto chegou ao fim. A última cena foi filmada sob um céu estrelado. Era um close-up de Poliana, onde ela não tinha falas, apenas um olhar. Um olhar que Liam dirigiu com o coração na garganta, e que ela entregou diretamente para ele, através da lente, como um segredo confessado em silêncio.

“É um corte”, a voz de Diego ecoou, quebrando o feitiço.

No apartamento vazio, depois que todos foram embora, o silêncio era opressivo. Poliana estava recolhendo suas coisas.

“E então?”, ela perguntou, sem olhar para ele. “O que você faz quando um projeto termina?”

Liam encostou-se na porta, bloqueando a saída sem realmente impedi-la. “Eu… não sei. Normalmente, eu fico um pouco perdido.”

“E agora?”

“Agora estou completamente perdido”, ele admitiu, sua voz um fio de som.

Ela finalmente olhou para ele. A distância entre eles era de apenas alguns passos, mas parecia um abismo.

Foi ela quem fechou esse abismo. Com uma coragem que vinha da mesma fonte que a levou a criar o *PoloxxxFans*, ela se aproximou e o beijou. Era um beijo doce, lento, que sabia a fim e a recomeço.

Na manhã seguinte, Diego chegou ao apartamento para ajudar na edição final. Encontrou Liam e Poliana no sofá, entrelaçados sob um cobertor, rodeados por xícaras de café vazias. O roteiro final, agora manchado de círculos de café, estava aos pés deles.

Diego parou na porta, um sorriso raro e genuíno surgindo em seu rosto. Ele não disse nada. Apenas pegou sua câmera – a mesma que tinha capturado toda a história de amor fictícia – e tirou uma foto discreta: os dois adormecidos, a luz da manhã dourando seus rostos, um quadro de paz perfeita após o caos criativo.

Ele olhou para a foto na tela e depois para o casal. O filme que fizeram era bom. Mas a história que encontraram no caminho, aquela, ele sabia, era a verdadeira obra-prima.