Philippe Soulier (filou_fitt) fucks John Bronco (Johnbronco87)

A poeira dourada do entardecer baixava sobre o leilão de antiguidades na praça da cidade. **John Bronco** estava fora do lugar. Enquanto outros homens com botas e chapéus como o seu negociavam gado e terras, ele estava ali, de braços cruzados, olhos fixos em um único lote.
Era uma pequena caixa de música francesa, intricadamente esculpida em madeira escura. O leiloeiro a anunciou: “Um item da propriedade da família Soulier, proveniente de Paris.”
Foi quando **Philippe Soulier** apareceu. Magro, vestindo um casaco elegante mas desbotado, ele tinha a dignidade triste de um retrato antigo. Seus olhos, da cor do céu de inverno, encontraram os de John por um instante antes de se fixarem na caixa de música com uma dor visceral.
“Abrindo em cinquenta dólares!” gritou o leiloeiro.
“Cinquenta,” disse John, sua voz grave cortando o ar.
Philippe ficou rígido. “Setenta e cinco,” ele contra-atacou, sua voz um fio de seda com um tremor de aço.
A guerra estava travada. Os dois homens, representando mundos tão distantes, trocaram lances em um duelo silencioso. Os fazendeiros cochichavam, confusos. O preço subiu para um valor absurdo por um simples objeto de adorno.
John não queria a caixa. Ele queria entender o porquê daquela dor nos olhos do francês. Philippe não queria apenas a caixa; ele queria recuperar um fragmento de seu passado, um último eco de uma vida que se perdeu.
“Trezentos,” disse John, finalmente. O salão ficou em silêncio. Era um preço de louco.
Philippe fechou os olhos, derrotado. A dor em seu rosto era tão palpável que John sentiu um nó no estômago.
O martelo bateu. “Vendido para o Sr. Bronco!”
John caminhou até a frente, pegou a delicada caixa e, em seguida, virou-se e se dirigiu diretamente a Philippe, que parecia prestes a desmoronar.
“Sr. Soulier,” disse John, sua voz suave, estranhamente gentil para um homem de seu tamanho. “Acredito que isto lhe pertence.”
Ele estendeu a caixa.
Philippe olhou para ele, atordoado. “Eu… não posso aceitar. Você pagou uma fortuna.”
“Algumas coisas não têm preço,” respondeu John. “E eu só paguei para ter certeza de que ela voltaria para as mãos certas.”
Com mãos trêmulas, Philippe aceitou a caixa. Ele girou a chave minúscula na base. Uma melodia frágil e triste, *La Vie en Rose*, encheu o ar entre eles. Seus olhos se encheram de lágrimas.
“Era da minha avó,” ele sussurrou. “Era tudo o que restava.”
John apenas assentiu. Ele não precisava de explicações. A música e a dor no rosto de Philippe contavam a história toda.
Naquela praça, sob o céu do Texas, o cowboy que comprou um tesouro apenas para devolvê-lo e o francês que recuperou um pedaço de sua alma descobriram um novo tipo de melodia. Uma que não vinha de uma caixa de música, mas do silêncio compreensivo entre dois corações que, contra todas as probabilidades, encontraram sua própria *vie en rose* na poeira do entardecer.