Open House, Open Hole – Cute Twink Turns into Realtor’s Personal Cumdump – Marce Garrido, Rei Leonardi
O Mar do Caribe em Porto Rico era um azul hipnotizante, mas Marce Garrido mal podia apreciá-lo. Enfiada num smoking desconfortável, ela ajustava o microfone no palco improvisado à beira da praia. A cerimônia do “Prêmio Turismo Sustentável” estava um caos elegante, e ela, a melhor apresentadora de notícias da ilha, fora chamada para salvar o evento.
— Senhoras e senhores, se puderem tomar seus lugares — sua voz, firme e clara, cortou o burburinho.
Foi então que o viu. Rei Leonardi. O enigma. O arquiteto italiano, famoso por integrar construções à natureza de forma quase mágica, era o homenageado da noite. Ele não estava na mesa de VIPs. Estava de pé, na beira da água, os sapatos de couro abandonados na areia, observando uma concha na palma da mão como se contivesse o segredo do universo. A luz do entardecer dourava seus cabelos ondulados e o perfil escultural.
Durante seu discurso de agradecimento, Rei não falou de projetos ou cifras. Falou do sussurro das raízes das árvores, da matemática das ondas, da arquitetura invisível do vento. Suas palavras não eram um discurso, eram uma invocação. Marce, que estava acostumada a discursos de políticos, sentiu algo estranho: um silêncio vibrante dentro de si.
No coquetel, ele a encontrou.
— Sua voz — disse ele, em um português misturado com um sotaque musical — tem a cadência perfeita. Como o ritmo das marés nesta praia. Me diz, Marce, você consegue ouvi-las também?
— Ouvi-las?
— As histórias. Esta areia, estas pedras, este mar. Tudo conta uma.




