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Olympian and Voyage – latin guys fuck

O ar no topo do Monte Olimpo era tão fino que doía para respirar, e tão puro que cada partícula de luz parecia uma lâmina. Lá, em um palácio de mármore e névoa, vivia Olympian. Ele não era um deus, mas era o mais próximo que um mortal podia chegar. Um atleta de resistência sobre-humana, ele havia se isolado no pico da montanha para treinar, longe do mundo, das distrações, da fraqueza. Seu corpo era uma máquina esculpida em dor e disciplina, seu coração, batendo em um ritmo lento e eficiente, era um metrônomo de solidão. Sua única companhia era o vento cortante e a visão imaculada das nuvens abaixo de seus pés. Ele era perfeito, intocado e vazio.

Milhares de quilômetros abaixo, Voyage vivia em movimento. Seu lar não era um lugar, mas o convés de um veleiro solitário, o Wanderlust. Ela era uma exploradora, uma cartógrafa de lugares não marcados em mapas. Sua pele estava marcada pelo sol salgado, seus cabelos embaraçados pelo vento de todas as latitudes. Enquanto Olympian subia, ela atravessava. Enquanto ele buscava a perfeição estática do pico, ela buscava a beleza caótica do horizonte. Sua vida era um acúmulo de experiências, de cheiros de especiarias estrangeiras, de sabores de frutas desconhecidas, de amizades breves em portos distantes. Ela era rica em histórias, mas pobre em raízes.

O destino deles se cruzou não no mar ou no pico, mas nas ondas de rádio. O equipamento de comunicação de alta frequência de Olympian, sua única ligação com a base, captou uma transmissão fraca e cheia de estática. Era uma voz feminina, cantarolando uma melodia triste e bonita. Era Voyage, tentando consertar o rádio de seu veleiro, cantando para afastar a frustração.

Olympian, cujo mundo era de silêncio absoluto, ficou paralisado. Aquele som imperfeito, cheio de falhas, era a coisa mais humana que ele ouvira em anos. Contra todos os protocolos, ele apertou o botão para transmitir.

— Sua frequência está interferindo na minha — disse ele, sua voz áspera pelo desuso.

Do outro lado, o cantarolar parou. — Perdão! — a voz de Voyage respondeu, surpresa e um pouco divertida. — O canal deve estar com problemas. Onde você está?

— No topo — respondeu Olympian, de forma vaga e automática.

— Do mundo? — ela brincou.

Ele hesitou. —… Algo assim.

Aquela conversa quebrada, cheia de estática, tornou-se um ritual. Todas as noites, quando o céu ficava negro e estrelado para ambos, embora em fusos horários diferentes, eles se conectavam. Ele falava da aspereza do gelo, da dor muscular que era sua única companhia. Ela falava do calor do sol equatorial, da alegria de encontrar um banco de golfinhos, do medo de uma tempestade.

Ela o chamava de “Seu Deuses” de brincadeira. Ele a chamava de “Nômade”.

Um dia, a transmissão de Voyage veio truncada, a voz dela tomada por uma urgência que ele nunca ouvira antes.

—… tempestade… muito grande… o rádio vai…”

E então, silêncio.

Olympian ficou em sua plataforma de treino, olhando para o vazio. O silêncio, outrora seu aliado, agora era um monstro. A perfeição de seu pico tornou-se sua prisão. Ele sabia as coordenadas aproximadas dela, um ponto minúsculo em um oceano vasto. E ele era impotente.

Pela primeira vez em uma década, a disciplina quebrou. Ele desceu da montanha. Não foi uma descida graciosa. Foi uma queda, uma corrida desesperada contra o tempo e a lógica. Ele contratou um helicóptero, um barco, gastando o pouco dinheiro que tinha em uma missão insana.

Ele a encontrou. O Wanderlust estava danificado, mas à deriva. Ela estava no convés, exausta, mas viva, lutando com uma vela rasgada. Quando ela vê o barco se aproximando, e nele, um homem com a estrutura de um deus grego, mas com o rosto pálido e a respiração ofegante de alguém que não via o nível do mar há anos, ela não entendeu.

— Como você…? — ela começou a perguntar.

— Você parou de transmitir — ele disse, sua voz soando estranha e rouca no ar salgado.

Ela olhou para ele, para suas mãos que tremiam levemente não de fraqueza, mas de adrenalina, e entendeu. O deus do pico desceu ao mar por ela.

Ele a ajudou a consertar o que podia. Suas mãos, acostumadas a segurar pesos e aguentar dor, eram desajeitadas com cordas e velas. Ele era um estranho naquele elemento. Mas ele estava lá.

Naquela noite, sentados no convés do Wanderlust reparado, sob um céu que Olympian nunca vira tão cheio de estrelas — porque não havia montanha para bloqueá-las —, Voyage olhou para ele.

— Você perdeu sua perfeição — ela sussurrou.

Olympian olhou para suas mãos, agora arranhadas e salgadas, e então para o horizonte infinito que era o quintal dela.

— Não — ele respondeu, e pela primeira vez, um sorriso real, imperfeito e tremulo, tocou seus lábios. — Eu apenas encontrei algo mais vasto para escalar.

O deus da montanha e a deusa do mar. Ele, que conhecia a solidão do topo. Ela, que conhecia a solidão do vasto. Juntos, no convés de um pequeno barco, eles descobriram que o verdadeiro ápice não era um lugar geográfico, mas um ponto de conexão. E a mais grandiosa das viagens não era para lugar nenhum, mas em direção um ao outro.

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