Oliver Willson and Alex Rose fuck
A vida de Oliver Willson era organizada em pastas de cores, planilhas e a previsibilidade reconfortante dos números. Ele era um contador, um homem que acreditava que tudo no universo poderia ser equilibrado, contanto que você encontrasse a equação certa. Seu apartamento era minimalista, suas roupas impecáveis, e seu coração—bem, seu coração era um arquivo trancado a sete chaves.
Alex Rose não era uma equação. Alex era um caos glorioso e perfumado.
Eles se conheceram no telhado do prédio de Oliver, um espaço que ele raramente visitava. Alex estava lá, de joelhos, com as mãos enterradas na terra negra de um canteiro de madeira improvisado. Ele usava um macacão sujo de terra, e suas mãos—fortes, esverdeadas de clorofila—eram uma contradição viva às mãos limpas e cuidadosas de Oliver.
“Ah, olá!” Alex disse, olhando para cima, seu rosto iluminado por um sorriso que parecia conter todo o sol da tarde. “Você deve ser o fantasma do terceiro andar. O da gravata.”
Oliver, pego de surpresa, ficou parado, sua postura rígida. “Oliver Willson. E este é um espaço comum.”
“Alex Rose,” ele respondeu, erguendo um punhado de terra como se fosse uma oferenda. “E sim, é comum. Está comummente lindo, você não acha? Estou tentando trazer um pouco de vida para cá.”
Oliver olhou para os vasos desordenados, onde brotos verdes teimosos lutavam contra o cinza da cidade. Era uma bagunça. Era… vibrante.
Contra toda a sua lógica, Oliver começou a frequentar o telhado. No início, era só por cinco minutos, uma pausa para o café. Depois, ficava mais tempo, observando Alex trabalhar. Alex falava com as plantas, cantarolava melodias sem nome e sua presença preenchia o silêncio de Oliver não com ruído, mas com uma sensação de *vida*.
Alex era um jardineiro paisagista, um artista cuja tinta era a própria natureza. Ele via beleza na assimetria, na forma como uma trepadeira selvagem poderia ser mais interessante que um arbusto podado. E lentamente, ele começou a podar as defesas de Oliver.
“Essa sua gravata é muito triste, Oliver,” Alex disse um dia, seus dedos manchados de terra apontando para o nó perfeito de seda azul-marinho. “Parece um botão que nunca floresceu.”
Oliver não soube o que dizer. Naquela noite, ele olhou para seu armário, para as fileiras de gravatas iguais, e sentiu uma pontada de desconforto.
O amor deles não desabrochou—ele foi plantado. Foi um broto frágil que cresceu nas frestas da rotina de Oliver. Foi o sabor de um tomate ainda quente do sol que Alex colheu e dividiu com ele. Foi o toque acidental de seus dedos quando Alex lhe entregou uma muda de sálvia, e a sensação elétrica que percorreu o braço de Oliver.
O primeiro beijo aconteceu no telhado, sob um céu cor de mel, com o cheiro do jasmim noturno de Alex no ar. Foi Alex quem se inclinou, seu sorriso suave, seus lábios sabendo a terra, a coragem e a promessa de algo selvagem.
Oliver, o homem das equações, descobriu que o amor não era algo a ser calculado, mas algo a ser cultivado. Ele aprendeu a regar, a podar com cuidado, a esperar pacientemente pelo florescimento. Em troca, Alex, o homem do caos, aprendeu a encontrar uma beleza diferente na ordem tranquila de Oliver, na sua lealdade silenciosa, na forma como suas mãos, agora mais relaxadas, podiam envolver as dele com uma segurança que ele nunca conhecera.
Oliver não se tornou uma pessoa diferente. Ele apenas se tornou mais *ele mesmo*. Sua mesa ainda era organizada, mas agora havia um pequeno vaso com uma única rosa—uma variedade desengonçada e perfumada que Alex criou e batizou com seu nome. Era uma bagunça linda no meio da sua ordem perfeita. E pela primeira vez, Oliver Willson entendeu que algumas das melhores coisas da vida—como Alex Rose—nunca poderiam ser equilibradas em uma planilha. Elas simplesmente tinham que ser vividas.




