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Oliver Carter tops Siren Santiago

A cidade de Neve Ártica sempre viveu sob um silêncio peculiar, um manto de branco que abafava até os suspiros. Oliver Carter era a personificação desse silêncio. Dono de uma pequena livraria encravada entre ruas de paralelepípedos, ele organizava mundos com as mãos, mas habitava pouco o seu próprio. Sua vida era um ciclo de prateleiras empoeiradas, chá de canela e a solidão confortável das páginas não lidas.

Tudo mudou na noite em que a tempestade de neve engoliu a cidade e a energia fugiu. Na escuridão gelada de sua loja, a porta de entrada se abriu, trazendo consigo um turbilhão de flocos e… uma melodia. Uma canção baixa, rouca, que parecia vir das entranhas do mundo. E então, ele a viu.

Siren Santiago não era como ninguém que Oliver já tinha visto. Seus cabelos negros tinham reflexos azul-pavão, como as asas de um corvo sob o sol, e seus olhos cinza guardavam a fúria calma do oceano em mar revolto. Ela estava encharcada, tremendo, mas havia uma ferocidade em seu olhar que afugentava o frio. Trazia nas costas uma viola desgastada e, na voz, uma arranhadura que contava histórias de estradas.

“A tempestade… ela engoliu meu carro a três quarteirões daqui”, disse ela, a voz um contralto aveludado que fez algo em Oliver estremecer.

Ele ofereceu abrigo, chá, silêncio. Ela ofereceu, em troca, uma canção. Siren se acomodou no parapeito da janela, envolvida em um cobertor, e dedilhou os primeiros acordes. A música que saiu do instrumento não era doce; era áspera, real, cheia de lugares ruins e belos amanheceres. Era a antítese do silêncio de Oliver. E ele, que passara a vida entre sussurros, foi arrebatado por aquele furacão de som.

Nos dias que se seguiram, com a estrada ainda bloqueada, Siren tornou-se uma presença constante. Ela arrumava os livros desordenados, organizando-os não por autor ou gênero, mas por “o que a alma pede”. Enchia o espaço com café forte e histórias de cidades portuárias e pessoas perdidas. Oliver começou a ler em voz alta para ela, trechos de poetas românticos e aventuras épicas, e ela respondia com canções que traduziam aquelas palavras em algo visceral.

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