Nik Fros pounds TwinkBoy

O céu sobre a cidade era uma tela de algodão-doce, pintada em tons de laranja e roxo pelo pôr do sol. Do alto do telhado do prédio antigo, Nik Fros observava o mundo se desacelerar. Ele era um artista de rua, conhecido por seus grafites de flores que brotavam em muros cinzas, como protestos de beleza contra a monotonia.
Foi ali, naquele pedaço de céu compartilhado, que ele viu TwinkBoy pela primeira vez. Não era seu nome real, claro, mas o apelido que vinha estampado em seu canal, onde ele desmontava peças de computador com mãos delicadas e explicava o funcionamento de processadores com uma poesia inesperada. Ele estava no telhado do prédio ao lado, tentando filmar um time-lapse do pôr do sol, e a câmera tremia um pouco em suas mãos.