Nelso Garcia gets fucked by Alex Maldonado and friend

O silêncio da livraria era quebrado apenas pelo leve sussurro das páginas sendo viradas. Era o som que Nelso Garcia mais amava. Enfiado entre as estantes de literatura estrangeira, ele organizava meticulosamente uma pilha de livros novos, sentindo o cheiro reconfortante de papel e tinta.
Foi então que um som diferente chamou sua atenção. Um arrastar de pés hesitante, seguido por uma voz um pouco incerta.
—Desculpe incomodar. Você poderia me ajudar a encontrar algo?
Nelso se virou e o mundo desacelerou. Na frente dele estava um homem com olhos da cor do mel e um suéter azul-marinho que parecia tão confortável quanto seu sorriso tímido. Ele segurava um pedaço de papel com o nome de um autor rabiscado.
—Claro — Nelso respondeu, hoping his voice didn’t crack. — Alexei Kuprin? Boa escolha. Fica logo ali no corredor da direita.
—Ah, perfeito! Obrigado… — o homem deu uma olhada rápida na etiqueta de nome de Nelso. — Nelso.
—Nelsinho — Nelso corrigiu, instantaneamente se arrependendo do apelido infantil que só sua avó usava.
O homem, no entanto, sorriu, e foi como se o sol tivesse irrompido entre as estantes. — Alex. Alex Maldonado.
Naquela semana, Alex voltou. Dessa vez, não para perguntar por um livro, mas para comentar sobre o que tinha achado da história. Na semana seguinte, foi para recomendar algo *a* Nelso. E assim, um frágil fio de conversas literárias começou a tecer uma tapeçaria entre eles.
As visitas de Alex se tornaram o ponto alto dos dias de Nelso. Eles descobriram um amor mútuo por chá de camomila, por filmes antigos em preto e branco e pela chuva batendo na vidraça. Nelso, usually so cautious with his words, found himself talking about his dream of writing a novel. Alex, por sua vez, um arquiteto que desenhava linhas retas o dia todo, confessou que adorava perder-se nas curvas sinuosas das histórias que Nelso recomendava.
Um dia, durante um aguaceiro forte, eles ficaram trancados na livraria depois do horário de fechar, sentados no chão entre as pilhas de livros, compartilhando um termo de chá.
—Sabe — Alex disse, olhando para a xícara entre suas mãos — eu acho que comecei a vir aqui não pelos livros, mas pelo bibliotecário.
O coração de Nelso deu um salto tão violento que ele temeu que Alex pudesse ouvir. Ele olhou para Alex, e o que viu em seus olhos não era timidez, mas uma coragem tranquila. Nelso não disse nada. Em vez disso, inclinou-se para a frente, fechou os olhos e pressentiu o espaço entre eles desaparecer.
O primeiro beijo de Nelso Garcia e Alex Maldonado aconteceu na seção de poesia, cercado por palavras de amor que centenas de outros já haviam escrito, mas que, naquele momento, pareciam ter sido inventadas só para eles.
O beijo era doce, lento e cheio de todas as palavras não ditas que haviam acumulado nas últimas semanas. Sabia a chá, a promessa e aquele friozinho gostoso na barriga que só as grandes histórias são capazes de provocar.
Quando se separaram, Alex encostou a testa na de Nelso, com um sorriso largo e despreocupado.
—Então — sussurrou Alex — que história escrevemos a seguir?
E ali, entre as páginas silenciosas de milhares de livros, Nelso soube que a sua favorita estava apenas começando.