Nani Daniel (nanidanielg) gets sucked by Tyler Wu – cuddles and cock

Claro, aqui está uma história curta de amor com os nomes que você pediu.
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**O Azul da Tua Ausência**
Nani sempre acreditou que o amor era como as ondas do mar: vinha, beijava a areia com fervor e depois recuava, deixando apenas a espuma como lembrança. Ela era prática, dona de uma pequena livraria à beira-mar chamada “O Página Salgada”, e seu coração estava guardado atrás de pilhas de livros usados, com a mesma tranquilidade com que organizava as prateleiras.
Daniel era o oposto. Um pintor que havia se mudado para a cidade pequena justamente para capturar a fúria e a calma do oceano. Ele trazia as cores não só nas pontas dos dedos, mas na maneira como olhava o mundo – com uma intensidade que quase assustava.
Eles se cruzaram numa manhã de outono, quando uma brisa forte arrancou da mão de Nani um envelope importante, levando-o direto para a paleta de cores de Daniel, que pintava no calçadão. O envelope ficou marcado com um azul profundo, a mesma tonalidade do mar naquela manhã.
— Desculpe, foi o vento — disse Nani, apressada, estendendo a mão para pegar o papel manchado.
Daniel não deu o envelope. Em vez disso, olhou para ela, depois para o azul na carta, e então para os olhos castanhos de Nani.
— Este é exatamente o azul que faltava — ele murmurou, mais para si mesmo. — O azul da saudade que ainda não existe.
Nani franziu a testa, confusa. Ele devolveu o envelope com um sorriso tímido.
— Daniel. E você deve ser a dona da livraria. A da janela azul.
A partir daquele dia, Daniel tornou-se um visitante frequente da livraria. Ele não vinha apenas para comprar livros, mas para observar Nani. Ele a desenhava nas margens dos blocos de anotações: a curva do seu pescoço quando lia, a maneira como ela arrumava os cabelos escuros atrás da orelha, o seu sorriso contido quando encontrava uma edição rara.
Nani resistia. Achava aquela devoção um pouco exagerada, quase ficcional. Mas Daniel era paciente. Ele a convidou para ver o pôr do sol do penhasco, e ela, relutante, aceitou. Lá, ele mostrou uma tela onde pintara a fachada da livraria de Nani. Só que a janela azul não era simplesmente azul. Era um mosaico de mil tons de azul: o azul-céu da infância, o azul-marinho da paixão, o azul-tristeza da despedida.
— Como você consegue ver tudo isso? — Nani perguntou, sua voz quase um sussurro contra o vento.
— Porque eu te olho — ele respondeu, simplesmente.
Foi quando o coração prático de Nani entendeu que o amor não era como as ondas. Era como a maré: lenta, constante, mudando a paisagem inteira da praia sem fazer alarde. Ela se permitiu sentir, e o mundo ganhou novas cores.
Anos se passaram. A livraria ainda estava lá, e o estudo de Daniel, no andar de cima, vivia impregnado do cheiro de tinta e papel antigo. Numa tarde tranquila, Nani subiu com uma xícara de chá para o marido. Daniel estava diante de uma tela em branco, pensativo.
— Estou tentando capturar um novo azul — disse ele, olhando para ela. — O azul da tua ausência.
Nani sentiu um frio na espinha. — Ausência? Você vai viajar?
Daniel sorriu, puxando-a para perto. — Não. Estou tentando imaginar como seria o mundo sem você. Mas é impossível. Porque mesmo antes de te conhecer, esse azul já estava aqui, esperando. Era a cor da solidão que eu não sabia que tinha. E agora, é a certeza de que mesmo quando não estamos juntos, a tua presença preenche tudo.
Nani apoiou a cabeça no ombro dele, olhando para a tela branca. Ela não via o vazio. Via todas as histórias que ainda iriam viver, todas as páginas em branco que preencheriam juntos. E soube que a maior história de amor deles não estava nos livros que ela vendia, mas naquele silêncio compartilhado, na tela que estava prestes a ser pintada com as cores da vida que haviam escolhido viver, um ao lado do outro.