My Uber delivery driver fucks my rough – Alonzo Hamir

O vento soprava quente e pesado, carregado do cheiro de especiarias e do sal do Mediterrâneo. Alonzo sentia o suor escorrer sob seu colarinho, a sensação familiar de ser um estrangeiro, um corpo estranho naquele pedaço de terra ancestral. Ele era um arquiteto de Nova York, um homem de aço e vidro, perdido nas ruelas de pedra de uma cidade tunisiana onde seu avô havia nascido.
Hamir observava o estrangeiro da sombra de seu pequeno ateliê. Ele conhecia aquela expressão – uma mistura de admiração e deslocamento. Com suas mãos calejadas pela argila e pelo óleo, ele moldava a história daquela cidade em cerâmica azul e branca, um legado que seu próprio avô lhe havia passado.
O destino os uniu no mesmo café minúsculo, debaixo da mesma videira retorcida. Alonzo, tentando em vão decifrar o cardápio em árabe. Hamir, oferecendo ajuda com um sotaque suave que contrastava com o burburinho da rua.
“O *msemen* é bom. E o chá de menta é essencial”, Hamir disse, seus olhos escuros cintilando com um humor quieto.
Aquela oferta simples foi o primeiro fio de uma ponte. Alonzo, o planejador, o homem dos detalhes e das linhas retas, se viu sendo guiado por Hamir, o artesão, o homem das texturas e dos contornos orgânicos. Hamir lhe mostrou a cidade que os guias não mostravam: o forno comunitário onde as mulheres assavam o pão, o telhado esquecido com a vista perfeita para o pôr do sol banhando as cúpulas brancas de ouro.
Alonzo, em troca, mostrou a Hamir seu caderno de esboços. Não os projetos imponentes de arranha-céus, mas os desenhos delicados de portas entalhadas, de azulejos quebrados, dos olhos sábios de Hamir. Pela primeira vez, alguém via não o artesão, mas o artista.
O amor deles não foi dramático. Não foi declarado sob fogos de artifício ou em meio a grandiosas confissões. Floresceu no silêncio compartilhado do ateliê de Hamir, no ar empoeirado e pesado de criatividade. Manifestou-se no copo de chá sempre reabastecido que Hamir colocava ao lado de Alonzo, e no modo como Alonzo começou a aprender os nomes das cores em árabe, apenas para descrever o céu da tarde para Hamir.
Uma noite, sentados no telhado, o céu estava uma tapeçaria de estrelas tão brilhantes que pareciam próximas o suficiente para tocar. Alonzo olhou para Hamir, iluminado apenas pela luz prateada da lua, e entendeu que aquela era a conexão que sua vida em linhas retas sempre lacked. Ele não precisava dizer “eu te amo”. Em vez disso, sua mão encontrou a de Hamir, áspera e forte, e seus dedos se entrelaçaram.
Hamir sorriu, um gesto pequeno e profundo que Alonzo já aprendera a decifrar. Era um sorriso que significava *eu sei*. E significava *bem-vindo para casa*.
Era um amor pequeno, construído não de grandes gestos, mas da poeira das ruínas, do sabor do chá doce, do toque de duas mãos que, finalmente, haviam encontrado seu lugar uma na outra. Alonzo, o nômade, e Hamir, a âncora. Dois mundos diferentes, fundidos sob o mesmo céu ancestral.