Muscle Worship – Avatar Akyia and That Fucking Himbo fuck
**Avatar Akyia** não era um pseudônimo; era uma identidade. Ela era uma estrela do ASMR, uma criatura etérea de movimentos suaves e sussurros que acalmavam a alma de milhares. Seu canal era um santuário de luz suave, de toques delicados em microfones e uma serenidade quase sobrenatural. Ela era uma deusa digital, mas a pessoa por trás do avatar carregava o peso de ser perfeita o tempo todo. Sua vida real era silenciosa, isolada pela persona que criou.
**That Fucking** era o nome de um canal de reviews brutalmente honestos. Seu dono, um cinéfilo desiludido chamado Leo, destruía filmes ruins com um humor ácido e um ceticismo que beirava a misantropia. Seu mundo era de som alto, cortes rápidos e uma raiva performática que escondia uma profunda decepção com a artificialidade do mundo. Ele era o troll que habitava as sombras da mesma internet que Akyia iluminava.
O destino os uniu no pior lugar possível: os comentários de um trailer. Akyia, num raro momento de autopromoção, comentou: “Que atmosfera relaxante este filme parece ter!”. Leo, como **That Fucking**, respondeu: “É o único jeito de assistir: dormindo. Até seu ASMR é mais emocionante.”
Era uma trollagem comum, mas a resposta de Akyia foi diferente. Em vez de ignorar, ela respondeu com um sussurro digital: “Às vezes, a quietude é a emoção mais forte que existe.”
Aquela réplica calma e perspicaz cutucou algo em Leo. Intrigado com a pessoa por trás da deusa, ele vasculhou o canal dela. E, contra toda a sua lógica cínica, descobriu-se assistindo a um vídeo dela dobrando origami em silêncio. Havia uma honestidade naquele ritual que ele não encontrava em nenhum filme.
Ele enviou uma mensagem privada, uma desculpa mal-humorada. “Ok, talvez seu negócio do silêncio não seja *tão* ruim quanto o enredo daquele filme.”
Akyia, cansada da adoração vazia de seus fãs, riu da mensagem. A rudeza dele era… refrescante. Era real.
Começou uma troca de mensagens noturna. Leo, o barulho, confrontava a quietude de Akyia. Ele a desafiava, questionava sua persona. Akyia, a calma, respondia com paciência, desmontando seu cinismo peça por peça. Ele lhe enviava cenas caóticas de filmes; ela lhe enviava clips de sons suaves da natureza.
O amor não foi uma explosão, mas um derretimento. Foi Leo admitindo, em uma mensagem às 3h da manhã, que os vídeos dela o ajudavam com sua insônia e sua ansiedade. Foi Akyia confessando que a persona da “deusa serena” era exaustiva, e que ela adorava a honestidade brutal dele.
Eles marcaram de se encontrar. Leo esperava uma versão da persona, uma mulher irreal. Ele encontrou uma mulher com olhos cansados e um sorriso tímido, mas genuíno. Akyia esperava um troll raivoso. Encontrou um homem nervoso, com olhos inteligentes e um sorriso torto que a fez sentir mais viva do que todos os sussurros do mundo.
No café, o barulho das xícaras e das pessoas era alto.
“É estranho,” Akyia sussurrou, quase sem querer.
“O quê?” Leo perguntou, sua voz mais suave do que no canal.
“Ouvir sua voz real,” ela disse. “Sem edição.”
Leo olhou para ela, e o cinismo em seus olhos se dissolveu.
“É estranho,” ele ecoou, “ver você sem a auréola digital. É… melhor.”




