Muscle vs Muscle – Mateo Muscle and Red Ryder fuck

O sol poente tingia o céu de Phoenix com tons de laranja e púrpura, refletindo nos para-choques cromados dos caminhões monstruosos que lotavam o estacionamento do “Rusty Bolt”. O ar estava pesado com o cheiro de gasolina, borracha queimada e suor. Era o território de Mateo Muscle.
Mateo era um colosso. Seus braços, marcados por tatuagens de engrenagens e caveiras, eram mais grossos que os cabos de aço que ele usava para amarrar cargas. Ele era o rei da estrada, um homem que conversava com motores a diesel e encontrava poesia no ronco de um V8. Mas, sob o capô de aço de seu caminhão personalizado, batizado de “Goliath”, vivia um coração que, embora protegido por camadas de ferro e desdém, era mais macio que o veludo.
Foi em um desses fins de semana, durante uma disputa de cabo de guerra entre caminhões, que ele a viu. Ou melhor, ouviu primeiro.
Um ronco agressivo, diferente de tudo no local, cortou o ar. Era um som puro, sem a afetação dos escapamentos customizados. E então ele apareceu: um Ford F-100 vermelho-sangue de 1970, imaculado, com linhas clássicas que falavam de uma era mais simples. E ao volante, estava ela.
Chamavam-na de Red Ryder. Seu cabelo era da cor do cobre velho, preso em uma trança desleixada que caía sobre o ombro de sua jaqueta de couro desgastada. Seus olhos verdes, da cor do vidro de uma garrafa antiga, examinavam a multidão com uma mistura de desafio e desinteresse. Ela não estava lá para provar nada a ninguém, exceto talvez a si mesma.
Enquanto os caminhões se preparavam para o cabo de guerra, o “Goliath” de Mateo foi colocado contra uma picape modificada. O motor rugiu, as rodas traseiras cavaram a terra, mas o oponente era forte. Foi um empate. O público vaiou, querendo sangue mecânico.
Foi então que Red Ryder, com um sorriso tímido nos lábios, desceu de seu caminhão. Caminhou até Mateo, que estava enxugando o suor da testa com um pano sujo de graxa.
“Seu problema não é potência, é tração,” ela disse, sua voz um sussurro áspero que chegou até ele acima do burburinho. “Você está levantando o eixo dianteiro demais. Está perdendo aderência.”
Mateo ficou atordoado. Ninguém, absolutamente ninguém, dava conselhos a Mateo Muscle. Ele olhou para aquela mulher magra, cuja altura mal chegava ao seu peito, e sentiu uma fagulha de irritação… que rapidamente se transformou em curiosidade.
“E você, garota do caminhão vermelho, o que sabe sobre tração?” ele respondeu, cruzando os braços.
“O suficiente para saber que meu F-100, com seu modesto V8, pode puxar o ‘Goliath’ para fora daqui se você ajustar a suspensão traseira,” ela respondeu, sem piscar.
O desafio foi lançado. O público, inicialmente cético, ficou fascinado. O colosso e a ruiva. A Fênix contra o Ford antigo.
Eles amarraram as cordas. Os motores rugiram. Desta vez, Mateo seguiu o conselho dela. Ele ajustou a pressão dos pneus traseiros e baixou ligeiramente a frente. Quando o sinal foi dado, o “Goliath” não levantou; ele se agachou e avançou, arrastando o caminhão vermelho de Red Ryder por alguns metros antes que ela, com habilidade, desengatasse e admitisse a derrota com um aceno de cabeça.
Mateo não comemorou. Ele caminhou até ela, que estava encostada em sua picape, um sorriso genuíno agora iluminando seu rosto.
“Você tinha razão,” ele admitiu, sua voz mais suave.
“Eu sei,” ela respondeu. “A questão é: você está disposto a aprender mais?”
O que se seguiu foi uma corte improvável. Em vez de jantares à luz de velas, eles tinham noites sob o capô, com as mãos sujas de graxa, enquanto Red Ryder – cujo nome verdadeiro era Elara – ensinava a Mateo as sutilezas da carburação e a arte da sincronização. Ele, por sua vez, lhe mostrou as estradas secundárias, os mirantes onde o único barulho era o vento e o ronco suave de seus motores.
Ele descobriu que ela herdara o caminhão do avô, um mecânico lendário, e que estava restaurando-o sozinha, peça por peça. Ela descobriu que por trás da fachada de titã, Mateo era um homem que cuidava de sua mãe viúva e sonhava em um dia ter sua própria oficina.