Muscle Guys Worship – Part 1 – Philipe Coutinho, Pietro Daren

O mundo de **Philipe Coutinho** era feito de linhas retas, planilhas e a previsibilidade silenciosa de um escritório de arquitetura. Seus dias eram meticulosamente desenhados, e seu maior prazer era ver um projeto sair exatamente como o esboço inicial, sem margem para surpresas.

O mundo de **Pietro Daren** era uma explosão controlada. Dono de uma loja de tintas e belas artes, suas mãos estavam sempre manchadas de cores inesperadas. Ele vivia no reino do “e se?”, experimentando combinações de tons e texturas, e acreditava que uma parede sem uma cor ousada era como um céu sem nuvens—vazio demais.

Seus caminhos se cruzaram quando Philipe foi encarregado de projetar uma nova galeria de arte moderna. O cliente exigia uma paleta de cores “inovadora e emocional”. Philipe, cuja paleta se limitava ao branco, preto e cinquenta tons de cinza, sentiu um frio na espinha.

Desesperado, ele entrou na “Daren Cores”, a loja de Pietro.

“Preciso de uma cor que diga ‘emoção’, mas de forma organizada,” disse Philipe, olhando para as paredes abarrotadas de amostras como se fosse um labirinto.

Pietro riu, um som cálido que ecoou pela loja. “As emoções, por definição, não são organizadas, meu amigo. Mas vamos ver o que podemos fazer.”