Moreno y camarografo morboso termina en trio – Cuban_DY, Gabriel Paxxeco, Milton Escudero
O apartamento de **Milton Escudero** em Miami cheirava a poeira de livros velhos e café forte. Como um historiador cubano exilado, sua vida era dedicada a preservar em arquivos o que o tempo e a política apagavam. Seu projeto atual era um quebra-cabeça: reconstruir a história do lendário nightclub “El Éden”, que queimou até os alicerces em 1958, levando consigo os segredos de uma era de ouro.
Seu neto, **Gabriel Paxxeco**, era seu oposto. Jovem, impaciente e um prodígio digital, Gabriel via a história como algo estático. Ele ganhava a vida como designer de som para videogames, criando paisagens sonoras imersivas a partir de seu quarto, cercado por monitores e teclados MIDI. Para ele, o passado do avô era uma relíquia triste.
A peça central do mistério era um nome riscado de todas as fotos e registros: o trompetista e dono do clube, Diego Yero. Tudo o que restava dele era uma gravação acetato, tão arranhada que era quase inaudível. Milton estava convencido de que a música guardava a chave.
— Preciso que você limpe esta gravação, Gabriel — implorou Milton, com os olhos cheios de um brilho frágil. — É a última pista.




