Milo Miles and Sterlingjock fuck
A chuva fina pintava listras prateadas sob os postes de luz do autódromo abandonado de River’s Bend. Era um lugar esquecido, com o asfalto rachado criando mapas de derrotas passadas. Aqui, sob o crepúsculo úmido, dois mundos sobre rodas se encontravam.
Milo Miles era um artesão da velocidade. Seu traje era de macacão de couro manchado de graxa, não de poliéster patrocinado. Seu domínio não era a pista imaculada de F1, mas as ruas sinuosas da serra e os circuitos de terra batida onde a coragem valia mais que a aerodinâmica. Ele estava de pé ao lado de sua máquina, um muscle car clássico e brutalmente modificado, com o capô aberto como as entranhas de um monstro mecânico. Ele era o velho lobo, o lendário “fantasma das curvas”, cujas histórias eram sussurradas em oficinas.
Sterlingjock era o seu oposto cristalino. Sebastian “Sterling” Jock, o prodívio da mídia, o garoto de ouro do automobilismo. Seu traje era um uniforme corporativo, seu carro uma obra de arte tecnológica de carbono e eletrônica, um F1 modificado para a estrada, que parecia uma nave pousada no asfalto esburacado. Ele era a precisão, a ciência, o futuro. E estava ali para um desafio de marketing, uma “colisão de culturas” para alimentar suas redes sociais.




