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Milo, Jack Valor – Spanish Lover Can’t Resist Jack’s Cock

A livraria “O Beco” era um labirinto acolhedor de pilhas trêmulas e o cheiro reconfortante de papel antigo. Era o reino de Milo, um homem cujos gestos eram tão suaves quanto as páginas que ele organizava meticulosamente. Ele conhecia a localização exata de cada livro, como um capitão conhece as estrelas. Sua vida era um sussurro, uma existência de paz entre as palavras.

Jack Valor era um trovão. Um repórter de conflitos que voltara para a cidade natal para escrever um livro, ele entrava na livraria como um furacão, trazendo consigo o cheiro de café forte e de lugares distantes. Sua presença enchia o espaço silencioso, e sua voz, acostumada a se fazer ouvir sobre o ruído do mundo, ecoava entre as estantes.

“Preciso de tudo o que você tiver sobre a Guerra dos Cinco Anos no Leste”, Jack declarou, apoiando-se no balcão com uma energia que fez uma pilha de livros de recomendação tremer.

Milo, sem erguer os olhos do livro que encadernava, apontou para um canto escuro no fundo. “Estante de história, seção de conflitos modernos. Por favor, baixe a voz. Os livros estão tentando dormir.”

Jack riu, um som genuíno e surpreendentemente caloroso que fez Milo olhar para cima pela primeira vez. Ele viu olhos que tinham testemunhado horrores, mas que ainda guardavam um brilho de curiosidade teimosa.

Nos dias que se seguiram, Jack tornou-se uma presença constante. Ele fazia perguntas, espalhava papéis, perturbava a ordem perfeita de Milo. E Milo, contra toda a sua natureza, não se incomodava. Ele começou a separar livros para Jack, deixando-os em uma pilha reservada no balcão – obras que iam além do pedido inicial, sobre poesia de guerra, diários de sobreviventes, a anatomia humana do conflito.

Jack notou. “Como você sabia que eu precisava deste?”, ele perguntou, segurando um volume fino de poesias de um soldado.

“O senhor pede fatos”, Milo respondeu, encadernando um livro com movimentos precisos. “Mas o que o seu rosto busca são as histórias entre os fatos.”

A parede de Jack começou a ruir. As histórias duras que ele contava em voz alta, para assustar ou impressionar, deram lugar a confissões mais suaves, feitas em sussurros após o expediente, enquanto Milo fechava a loja. Ele falava do medo, da saudade de casa, do vazio que ficava depois que a adrenalina se dissipava.

E Milo, em troca, que raramente saía da livraria, começou a viver vicariamente através das histórias de Jack. O mundo, que sempre lhe pareceu grande e assustador, tornou-se um pouco menor, um pouco mais compreensível, quando filtrado pela experiência de Jack.

A gota d’água foi uma encomenda que chegou para Jack: uma edição rara e destruída de um livro de reportagens de guerra. A capa estava rasgada, as páginas manchadas.

“É uma pena,” Jack murmurou, com uma tristeza genuína que Milo nunca tinha ouvido antes.

“Deixe comigo,” Milo disse simplesmente.

Ele passou a noite na pequena oficina nos fundos da livraria. Com ferramentas delicadas e uma paciência infinita, ele limpou, prensou e costurou. Ele não apenas restaurou o livro; ele o resurrectou.

Quando entregou a obra a Jack na manhã seguinte, os olhos do repórter se encheram de água.

“Ninguém nunca… ninguém conserta as coisas quebradas que eu trago para casa,” ele sussurrou, sua voz rouca.

Milo encarou seus próprios dedos, manchados de cola e tinta. “Talvez,” ele disse, sua voz mais suave que o usual, “você só precise trazer para o lugar certo.”

Jack não respondeu com palavras. Ele colocou sua mão forte e marcada por cicatrizes sobre a mão delicada de Milo. E naquela livraria silenciosa, entre as pilhas de histórias passadas, uma nova história, suave e corajosa, começou a ser escrita.

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