AmadorBarebackBoqueteVídeos Gays

Mike Verine and Ted Bear flip fuck

Mike Verine odiava a bagunça. Sua livraria, “O Página Rasa”, era um santuário de ordem alfabética e lombadas perfeitamente alinhadas. O ar cheirava a papel envelhecido e tranquilidade. Ele era um homem de rotinas precisas, e seu mundo era pequeno, silencioso e seguro.

Ted Bear, por outro lado, era um furacão de jeans rasgados e sorrisos fáceis. Ele chegou à cidade numa moto barulhenta e abriu uma loja de bicicletas e consertos, “A Roda Livre”, bem ao lado da livraria. De repente, o silêncio de Mike foi invadido pelo som de metal sendo martelado, rock clássico e as risadas altas de Ted.

Mike suportou aquilo por uma semana. No oitavo dia, ele marchou até a loja ao lado, determinado a dar um fim naquela insanidade. A porta estava aberta, e o interior era um caos organizado de quadros, rodas e ferramentas. Ted estava agachado, consertando uma corrente, com as mãos cobertas de graxa.

“O senhor,” começou Mike, com voz crispada, “a sua… *atividade*… está perturbando a concentração dos meus clientes.”

Ted ergueu o rosto, e Mike percebeu, com certo incômodo, que ele tinha olhos da cor do mel e um sorriso que fazia cócegas no canto da boca.

“Clientes?” Ted perguntou, olhando por sobre o ombro de Mike para a livraria vazia. “Você quer dizer o senhor Henderson, que dorme no sofá da poesia desde as dez?”

Mike corou. “Isso não é o ponto. O ponto é o barulho.”

Ted se levantou, limpando as mãos em um pano sujo. “Desculpe. É que eu gosto de assobiar enquanto trabalho. E a música ajuda as ideias a fluírem.” Seu olhar caiu sobre as mãos vazias de Mike. “Você conserta coisas?”

“Eu vendo livros,” Mike respondeu, secamente.

“Pena. Um livro é um problema bem difícil de consertar. As páginas rasgam, a capa descola…” Ted pegou uma chave inglesa. “Mas eu posso consertar quase tudo que é sólido.”

A discussão não resolveu nada, mas se tornou uma espécie de ritual. Todas as tardes, Mike aparecia na porta de Ted com uma nova queixa. A moto estava muito perto da calçada, a música estava muito alta, o assobio era muito desafinado. E Ted sempre recebia Mike com um sorriso e uma xícara de café horrível, que Mike, inexplicavelmente, começou a aceitar.

Um dia, durante uma tempestade que fez a energia cair, a calha quebrada da livraria de Mike começou a verter água diretamente para dentro da loja, ameaçando uma prateleira de primeiras edições. Mike, em pânico, correu no escuro, tentando conter o dilúvio com baldes. Foi quando uma lanterna iluminou o caos.

“Precisa de uma mão sólida?” era a voz de Ted.

Sem falar muito, Ted subiu numa escada, com a chuva caindo sobre ele, e improvisou um reparo com um pedaço de borracha e um pouco de engenhoca. Quando desceu, estava encharcado e sujo de graxa, mas a goteira tinha parado.

Mike, tremendo de frio e alívio, olhou para Ted. A lanterna projetava sombras dramáticas em seu rosto, destacando a força de seu queixo e a gentileza de seus olhos.

“Obrigado,” Mike disse, a voz mais suave do que jamais havia sido.

“Não tem problema. É o que fazemos pelos vizinhos,” Ted respondeu, e seu sorriso, na penumbra, pareceu diferente. Mais íntimo.

A partir daquele dia, as visitas de Mike à loja de bicicletas não foram mais motivadas por queixas. Ele ia para levar um café decente, já que o de Ted era intragável. Ted, por sua vez, começou a aparecer na livraria no fim do dia, fingindo interesse em romances que Mike sabia que ele nunca leria, apenas para puxar conversa.

Mike aprendeu que a desordem de Ted era criativa, não caótica. E Ted descobriu que o silêncio de Mike não era vazio, mas repleto de histórias.

Foi numa tarde tranquila, com o sol poente pintando o chão de laranja, que Ted entrou na livraria. Mike estava encostado na escada, reorganizando uma prateleira alta.

“Precisa de uma mão sólida?” Ted perguntou, repetindo a frase da noite da chuva.

Mike olhou para baixo. “São apenas livros, Ted. Eles não quebram.”

“Talvez não,” Ted disse, aproximando-se. “Mas talvez o bibliotecário precise.”

Mike desceu alguns degraus, ficando na altura de Ted. O ar entre eles pareceu ficar mais denso, carregado de todas as xícaras de café, todas as discussões tolas, todos os olhares roubados.

“E o que você sugere?” Mike perguntou, sua voz quase um sussurro.

Ted encostou a mão no rosto de Mike, um toque áspero de quem trabalhava com metal, mas incrivelmente suave. “Sugiro que eu te leve para jantar. Um lugar barulhento, de preferência. Para variar.”

Mike sorriu, um sorriso verdadeiro e sem reservas que iluminou seu rosto sério. “Eu prefiro um lugar quieto. Mas você pode vir jantar na minha casa. Eu cozinho.”

“E eu levo o vinho,” Ted completou.

E naquele momento, entre as estantes silenciosas e as histórias não contidas nos livros, Mike Verine, que amava a ordem, e Ted Bear, que era a personificação do caos, descobriram que os opostos não se repelem. Eles se completam. E o conserto mais importante que Ted já fez não foi numa bicicleta ou numa calha, mas no coração solitário de um homem de livros.

Vídeos relecionados

Botão Voltar ao topo

BRASILEIROS FUDENDO 🔥

X