Mike breeds Danny Wilcoxx deeper

O bar “Wilcoxx’s” era um pedaço de história viva no coração do Quarter. Suas paredes de tijolos à vista guardavam as marcas de gerações, e o piano de cauda no canto tinha as teclas desgastadas pelas mãos de incontáveis músicos. Era o legado da família Wilcoxx, e **Danny Wilcoxx** carregava esse peso nos ombros com um sorriso cansado e um saxofone que chorava o blues como ninguém.
Ele era a alma do lugar. Conhecia cada cliente pelo nome, cada história pela dor nos olhos. O bar era sua vida, sua prisão e seu refúgio.
**Mike** entrou numa noite de tempestade, um estranho com roupas de viajante e o cheiro da estrada ainda grudado nele. Sentou-se no fim do balcão, pediu um uísque barato e ficou observando a chuva bater contra os vitrais.
Ele era um consertador de coisas. Consertava relógios, rádios antigos, brinquedos quebrados. Consertava tudo, menos a si mesmo. Sua vida era uma mala pronta e cidades que se fundiam umas nas outras.
Naquela noite, o velho piano do bar emperrou no meio de “St. James Infirmary”. Danny suspirou, resignado. Era mais uma coisa na longa lista de consertos que ele nunca tinha tempo de fazer.
Mike, sem dizer uma palavra, levantou-se, pegou sua mala de ferramentas e se aproximou do piano. Em quinze minutos, com movimentos precisos e calmos, ele fez as teclas voltarem à vida.