Melvin Moore gets fucked by Tommy Clapton (vlett23xq)

O apartamento de Melvin Moore era um templo da ordem. Livros organizados por altura e cor na estante, almofadas perfeitamente simétricas no sofá cinza, e o silêncio era quebrado apenas pelo tique-taque suave do relógio de parede. Era sua fortaleza contra o caos do mundo exterior.
Até que o caos se mudou ao lado.
O novo vizinho, **Tommy Clapton**, era a antítese de tudo isso. Sua porta estava sempre entreaberta, de onde vazavam o som de batidas de lo-fi hip-hop e o cheiro de tinta a óleo. Ele era artista gráfico e, pelo que Melvin descobriu espiando a caixa de correio, seu username em tudo era **vlett23xq**.
A primeira interação foi um desastre. Tommy, com as mãos manchadas de tinta azul, bateu à porta de Melvin para pedir uma fita métrica. Deixou uma marca de dedo na maçaneta branca imaculada. Melvin ficou paralisado, olhando para a pequena violação de seu espaço sagrado.
Mas Tommy era irresistivelmente genuíno. No dia seguinte, deixou um pequeno pincel e um frasco de removedor de tinta na porta de Melvin, com um bilhete que dizia: “*Desculpe pela invasão. – vlett23xq*”.
Aos poucos, a rigidez de Melvin começou a ceder. Ele começou a deixar um café extra na porta de Tommy nas manhãs em que ouvia o vizinho trabalhando até tarde. Tommy, em troca, começou a presentear Melvin com pequenos rabiscos em post-its: um pássaro, uma xícara de café fumegante, um relógio com um sorriso.
A atração não era imediata; foi uma construção lenta e cuidadosa. Melvin se viu fascinado pela forma como Tommy via o mundo – não em linhas retas, mas em cores e possibilidades. Tommy, por sua vez, via na meticulosidade de Melvin não neurose, mas uma forma profunda de cuidado.
A gota d’água foi uma noite de tempestade, quando uma queda de energia deixou o prédio no escuro. Tommy apareceu na porta de Melvin, segurando uma lanterna e duas xícaras de chocolate quente improvisado no fogão a gás.
“Pensei que você poderia preferir isso à escuridão silenciosa”, disse ele, sua figura iluminada de baixo para cima pela lanterna, criando sombras dramáticas em seu rosto.
Sentados no chão da sala, com a chuva batendo na janela, a ordem perfeita de Melvin finalmente pareceu irrelevante. Naquele momento, o caos controlado de Tommy era o lugar mais seguro do mundo.
Melvin aprendeu a respirar fundo e abraçar a desordem. Tommy aprendeu o valor de um porto seguro. E juntos, entre pincéis sujos e xícaras perfeitamente alinhadas, descobriram que o amor é a mais bela colagem de opostos.