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Me fode gostoso vai – Oliver Fitch e Tony Genius

A livraria “O Pensador Encalacrado” era um labirinto de pilhas trêmulas, um caos organizado que só seu dono compreendia. Oliver Fitch, um homem de suéter desfiado e mente afiada como uma lâmina, podia localizar qualquer obra em segundos, guiado por um mapa mental de associações literárias. Para ele, cada livro tinha uma alma, um cheiro, uma história além da impressa. Sua vida era solitária, povoada por personagens de papel e tinta, e ele preferia assim.

Até o dia em que **Tony Genius** entrou na livraria, trazendo consigo uma tempestade de ar frio e energia elétrica.

Tony era o oposto físico de Oliver: onde Oliver era angulado e quieto, Tony era compacto, cheio de uma energia vibrante que parecia preencher o espaço. Seus olhos claros brilhavam com uma curiosidade insaciável, e seus dedos, manchados de graxa e tinta permanente, tamborilavam contra a perna com um ritmo constante.

“Preciso de algo sobre mecânica quântica aplicada a sistemas de som analógico”, Tony anunciou, sem “por favor” ou “bom dia”.

Oliver ergueu uma sobrancelha, intrigado. “Esse é um pedado muito específico. A seção de ficção científica é na parte de trás.”

Tony riu, um som surpreendentemente caloroso. “Não é ficção. É o meu projeto. Estou tentando reduzir o ruído de fundo em amplificadores valvulados usando princípios de superposição.”

Oliver ficou parado por um momento. Ele vivia no mundo das metáforas; Tony, no reino da matemática pura. Eram línguas diferentes. Mas o desafio intelectual era irresistível.

Encontrou um livro obscuro, escondido atrás de um tratado de filosofia medieval. “Tente este. O autor era um louco, mas um louco brilhante.”

Tony pegou o livro como se fosse uma relíquia, seus olhos percorrendo as páginas com uma velocidade assombrosa. “Perfeito. Há uma equação aqui no capítulo três que eu nunca tinha considerado.”

Foi o início de uma estranha simbiose.

Tony começou a aparecer quase diariamente. Ele trazia circuitos, placas de protótipo e um turbilhão de ideias que desafiavam a física. Oliver, por sua vez, alimentava aquela mente faminta com livros de lógica paradoxal, poesia concreta e histórias de inventores malucos. Ele fornecia o contexto humano para a genialidade nua de Tony.

Oliver aprendera que “Genius” não era um apelido irônico; era um fato. Tony era um gênio autodidata, um faz-tudo elétrico que consertava desde rádios antigos até satélites, mas que tinha dificuldade em navegar pelas complexidades das emoções humanas.

Uma noite, durante uma tempestade que fez as luzes piscarem, Tony estava no chão da livraria, cercado por fios e solda, tentando consertar o sistema elétrico antigo do lugar. Oliver observava, fascinado pela concentração absoluta no rosto do outro homem.

“Por que você está fazendo isso?” Oliver perguntou. “Você poderia estar trabalhando para uma grande empresa.”

Tony não ergueu os olhos do seu trabalho. “Porque seus livros precisam de uma boa iluminação. E porque… sua companhia é o único sistema que não consigo decifrar completamente. É intrigante.”

A declaração, tão seca e direta, fez o coração de Oliver acelerar de uma forma que nenhum soneto jamais conseguira.

O verdadeiro ponto de virada veio quando o computador de Oliver, que continha seu inventário completo e seus manuscritos inacabados, morreu. Para Oliver, era uma catástrofe. Sua vida intelectual estava naquela máquina.

Tony apareceu com uma caixa de ferramentas e uma xícara de café horrível e forte. Trabalhou a noite toda. Oliver ficou ao seu lado, lendo trechos de “O Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapéu”, para mantê-lo acordado.

Ao amanhecer, a tela piscou, viva. Tudo estava salvo.

“Como você fez isso?” Oliver sussurrou, aliviado e maravilhado.

Tony encolheu os ombros, esfregando a fadiga dos olhos. “É simples. Eu apenas reconectei as partes quebradas. A parte difícil não era o hardware, era o medo de perder o que você ama.”

Oliver olhou para Tony – para seus olhos cansados, suas mãos talentosas, sua mente extraordinária e seu coração simples. E entendeu. Eles eram dois sistemas diferentes, um analógico e um digital, um de palavras e outro de números. Mas, de alguma forma, suas frequências se alinhavam perfeitamente.

Oliver inclinou-se e beijou Tony. Foi um beixo estranho no início, desajeitado como um primeiro rascunho. Mas então Tony respondeu, e foi como um circuito se fechando – uma corrente de entendimento, calor e uma conexão perfeita finalmente estabelecida. Na livraria silenciosa, rodeados por milhares de histórias, eles haviam encontrado a sua própria.

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