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Max Mabry, The Inked Pig, Geo Scar – Tag team my stupid little holes

O “Porco Tatuado” não era um lugar para romances. Era um bar sujo, cheio de fumaça e com o som áspero de conversas baixas e vidros batendo. O dono, um homem maciço e coberto de tatuagens chamado Max Mabry, era tão áspero quanto o estabelecimento. Ele era uma lenda local, mais conhecido pelo apelido que batizara o bar do que por seu próprio nome.

Foi lá que Geo Scar apareceu numa noite chuvosa de terça-feira. Ele não se encaixava. Usava um blazer de tweed manchado de água, e seus olhos, por trás dos óculos de aro fino, não paravam de percorrer o ambiente com uma curiosidade acadêmica, não com medo. Sentou-se no fim do balcão e pediu um uísque, simples.

Max, com uma toalha suja sobre o ombro, deslizou o copo até ele sem uma palavra. Observou o estranho na noite seguinte, e na outra. Geo sempre pedia a mesma coisa, sentava-se no mesmo lugar e ficava ali, imóvel, absorvendo tudo. Não era cliente, era um estudioso.

Na quarta noite, Max não aguentou. Aproximou-se, seus braços tatuados—um mapa caótico de uma vida dura—apoiados no balcão de madeira riscada.

“O que você quer?” a voz de Max era um rosnado baixo.

Geo ergueu os olhos, surpreendentemente sem intimidação. Um leve sorriso tocou seus lábios. “Estou colecionando histórias”, disse, sua voz suave um contraste estranho com o ambiente. “Ouvi dizer que este lugar… e seu dono… têm muitas.”

Max bufou. “Não sou um livro aberto.”

“Não?” Geo inclinou a cabeça, indicando o intrincado desenho de um porco alado no antebraço de Max. “Parece que você é. Cada tinta conta uma história, não conta? Essa, por exemplo.”

Max olhou para sua própria pele, quase surpreso. Aquele desenho era antigo, de uma vida que ele pensava ter enterrado. Ele relutou, mas algo na genuína curiosidade de Geo, na falta de julgamento em seus olhos, quebrou uma barreira.

“É sobre promessas quebradas”, Max disse, a voz mais suave do que ele pretendia. “E sobre voar mesmo quando te dizem que você é pesado demais para isso.”

Geo puxou um caderno pequeno e surrado. “Posso?”

E assim começou. Noite após noite, Geo voltava. Max, gradualmente, desfiou as histórias de sua vida—cada tatuagem, cada cicatriz—para aquele estranho quieto que ouvia como se cada palavra fosse um tesouro. Geo, em troca, falava de seu mundo: era um escritor, um colecionador de almas, buscando a história por trás do mito do “Porco Tatuado”.

Uma noite, Geo não apareceu. O bar parecia mais vazio, mais barulhento, mais comum. Max percebeu, com um frio na boca do estômago, que aquele homem quieto havia se tornado a única parte de suas noites que ele antecipava.

No dia seguinte, Geo voltou, mas parecia distante. Escrevia em seu caderno com uma urgência febril.

“O que há?” Max perguntou, servindo o uísque sem que ele pedisse.

“Estou terminando”, Geo disse, sem levantar os olhos. “O livro. A história. Vou embora amanhã.”

O silêncio entre eles foi mais alto que qualquer música no bar. Max sentiu como se o chão tivesse sumido. Ele apenas assentiu, um movimento brusco da cabeça, e se afastou para atender outros clientes, seu coração batendo forte contra as paredes de aço que ele mesmo havia construído.

A noite estava terminando quando Geo se levantou para ir embora. Ele parou na porta, olhou para Max, e seu rosto tinha uma expressão que Max não conseguia decifrar—tristeza, gratidão, algo mais.

“Obrigado pelas histórias, Max Mabry”, disse Geo.

“É o que vendo”, Max respondeu, a defesa padrão.

Geo sacudiu a cabeça. “Não. Você as deu.” Ele virou-se e saiu para a névoa da madrugada.

Max ficou parado, olhando para a porta fechada, sentindo que a melhor parte de si havia acabado de sair. Ele se abaixou para limpar um copo e viu um pequeno caderno marrom deixado no balcão. O caderno de Geo.

Sua mão tremeu ao pegá-lo. Ele não devia. Era uma invasão. Mas ele abriu.

As páginas não eram apenas anotações. Eram desenhos. Esboços incrivelmente detalhados de suas próprias tatuagens, sim, mas intercalados com palavras. E não era apenas a história dele. Era… uma tradução. Geo havia transformado sua dor bruta, sua raiva e suas perdas em algo belo. Em poesia.

E na última página, uma história que ele não havia contado a Geo. Era uma história sobre um homem duro dono de um bar que conheceu um homem quieto com olhos gentis. Sobre como esse homem quieto viu o mapa de uma vida difícil na pele do outro e, em vez de se afastar, se aproximou. E como o homem duro, pela primeira vez, se sentiu verdadeiramente visto. A história terminava com uma pergunta: *Como é possível sentir tanto a falta de alguém que ainda nem partiu?*

Max não pensou. Correu para a rua deserta. A chuva fina molhou seu rosto.

Geo estava parado na esquina, debaixo de um poste de luz, como se esperasse.

“Você esqueceu isso”, Max disse, sua voz rouca, segurando o caderno.

Geo se virou. Seus óculos estavam embaçados. “Não, não esqueci.”

Eles ficaram parados, separados por metros de calçada molhada.

“A história”, Max disse, lutando contra as palavras, contra uma vida inteira de silêncio. “A última… ela está errada.”

O rosto de Geo se desfez em decepção. “Oh. Desculpe, eu apenas presumi—”

“Está errada”, Max interrompeu, fechando a distância entre eles. “Porque não termina com o dono do bar correndo atrás do escritor. E não termina com ele dizendo…” Ele parou, respirando fundo. “Não termina com ele dizendo que a única história que importa agora é a que eles ainda não escreveram.”

A chuva pintou silhuetas prateadas em seus cabelos. Geo não disse nada. Ele apenas fechou a distância final, seu blazer de tweed encostando no avental sujo de Max, e o beijou.

E sob a luz fraca da rua, o homem de tinta e o homem de palavras começaram uma nova história. Juntos.

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