Max Konnor and Matti fuck
O mundo de Max Konnor era barulho. O rugido da motosserra, o estalo de galhos quebrando, o vento cortante no alto das árvores. Como um lenhador de mãos calejadas e roupas sujas de terra, ele era força bruta e suor, um homem feito da própria floresta que derrubava. Seu silêncio era tão vasto e impenetrável quanto uma sequoia.
O mundo de Matti era melodia. O sussurro do ar através de um clarinete, o toque suave dos dedos nas teclas de um piano, o som delicado de um violino sendo afinado. Como um musicista que se mudara para a cabana ao lado em busca de paz para compor, ele era nuance e sensibilidade, feito de notas e harmonias. Seu som era tão puro e complexo quanto uma sinfonia.
Eles se encontraram na estrada de terra que dividia suas propriedades. Max, carregando um machado; Matti, com uma pasta de partituras. Um olhou para o outro como se fosse de uma espécie diferente.
— O barulho — disse Matti, num dia em que a motosserra de Max abafou seus acordes —. É impossível compor.
— A música — resmungou Max, no dia seguinte, quando uma valsa escapou pela janela aberta de Matti —. É impossível pensar.
Era uma guerra fria de ruídos, travada entre um gigante de botas de aço e um artista de suéteres de lã.
O ponto de virada foi uma tempestade. A mais violenta em décadas, derrubando árvores e cortando a energia. Na manhã seguinte, um enorme carvalho havia caído sobre o telhado da cabana de Matti. Desesperado e encharcado, Matti encarou o desastre, suas partituras voando pelo jardim como pássaros brancos assustados.
