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Matteo Karvalho and Nobru fuck after a walk in the woods

O vento soprava forte na praia de Iracema, carregando o cheiro de sal e a promessa de chuva. Matteo Karvalho observava as ondas quebrarem com fúria, seus dedos manchados de tinta e seu coração pesado como as nuvens escuras no horizonte. A exposição tinha sido um fracasso. Ninguém entendera suas pinturas abstratas, cheias de formas geométricas e cores intensas. “Muito cerebral,” disseram. “Falta alma.”

Foi então que ele viu Nobru.

O homem surgiu como uma tempestade humana, correndo pela areia com um grupo de crianças da comunidade. Ele não corria como um atleta, mas com uma ginga desajeitada e contagiante, rindo alto cada vez que quase tropeçava. Usava shorts floridos e uma camisa velha do Ceará. Suas tatuagens contavam histórias que Matteo mal podia decifrar à distância.

Nobru organizava uma pelada improvisada. Gritos de alegria, disputas bobas por uma bola desgastada, e no centro de tudo, ele – o maestro daquela sinfonia de caos e alegria.

Matteo, por um impulso que não compreendeu, abriu seu sketchbook e começou a desenhar. Não as formas perfeitas e calculadas de sempre, mas a energia pura da cena. As linhas eram soltas, imperfeitas, vivas. Capturavam o movimento desengonçado de Nobru, seu sorriso largo, o jeito como seu corpo se dobrava em curvas imprevisíveis.

Quando a chuva começou a cair, torrencial, as crianças fugiram gritando. Nobru, porém, ficou, olhando para o mar com os braços abertos, como se abraçasse a tempestade. Então, ele virou e viu Matteo, ainda sentado, tentando proteger o desenho com o corpo.

“Você vai ficar molhado, artista!” gritou Nobru, correndo em sua direção.

Sob o toldo de um bar fechado, os dois se abrigaram. Gotas de água escorriam pelos cabelos cacheados de Nobru. Matteo, tímido, mostrou o sketchbook.

“Esse sou eu?” Nobru riu, uma risada que era como um raio de sol na tempestade. “Pareço um gafanhoto tendo um ataque!”

Matteo sorriu, pela primeira vez na semana. “Eu tentei capturar o movimento.”

“Movimento você capturou. Agora, e a alma?” Nobru pegou o lápis de Matteo, suas mãos ásperas e cheias de vida tocando nas de Matteo, que eram suaves e finas. “Deixa eu ver.”

Ele rabiscou, com traços infantis e decididos, um grande coração saindo do peito da figura no desenho. Era tosco, ingênuo, e absolutamente perfeito.

“Minha vó diz que a arte não é pra ser bonita. É pra ser verdadeira. E a verdade, mano, geralmente é meio torta e bagunçada.”

Naquela tarde encharcada, sob um céu cinzento, os opostos se encontraram. Matteo, com seu mundo de regras e perspectivas, e Nobru, com seu universo de improviso e coração. O amor não chegou com um estrondo, mas com a suave percepção de que a peça que faltava na arte de um era a lição de vida do outro.

Nos meses seguintes, o estúdio de Matteo se encheu de cores ousadas e linhas orgânicas. Suas novas pinturas, uma fusão de sua técnica precisa com a alma selvagem de Nobru, começaram a vibrar com uma energia que as pessoas conseguiam sentir. E no centro da sua obra-prima, sempre havia a silhueta familiar de um homem de sorriso fácil e coração desenhado na manga – ou, no caso, diretamente no peito.

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