Matt – solo jerk in the locker room

O café de Matt cheirava a livros velhos e à terra das plantas que ele teimosamente mantinha vivas na varanda. Era um cheiro de solidão confortável, de uma vida construída com pequenos rituais seguros. Ele era um arquiteto de mundos interiores, desenhando linhas retas para conter o próprio coração.

Tudo mudou numa manhã de outubro, no mercado municipal. Ele procurava maçãs para sua torta solitária quando uma voz, clara como o sino de uma igreja, cortou o ar.

“Você acredita nisso? Eles chamam isso de ‘manjericão dramático’. Acho que exigiu um copo de vinho e chorou ontem à noite.”

Matt se virou. Ela segurava um vasinho com uma plantinha murcha, um sorriso travesso dançando em seus lábios. Seus olhos eram da cor do céu antes da chuva. De repente, todas as linhas retas que Matt havia desenhado para sua vida pareceram absurdas.

Ele riu, um som surpreso que saiu de seu peito. “Talvez ele só precise de um pouco de luz solar,” ele ofereceu, sentindo-se incrivelmente tolo.