Martin Brute fucks Tobiass (tobbyass1)

Martin Brute era um homem de poucas palavras e mãos calejadas. Dono de uma serraria, seu mundo era feito de toras de madeira, o som rítmico da serra e o cheiro forte de pinho. Ele era respeitado e um pouco temido na cidade, não por maldade, mas por sua presença imponente e seu olhar sério que parecia medir a solidez das pessoas como medira a das árvores.
Tobiass era o oposto. Um bibliotecário que se mudara da cidade grande, ele era um redemoinho de palavras, histórias e cores. Usava cachecóis vibrantes, mesmo no verão, e sempre carregava um livro na bolsa. Seu sorriso era fácil e aberto, um contraste gritante com a sobrancelha permanentemente franzida de Martin.
Seus caminhos se cruzaram na biblioteca municipal. Tobiass, em sua missão de revitalizar o lugar, organizou um clube do livro. Martin foi “convencido” (ou obrigado) pela prefeita, sua irmã, a ajudar a montar as novas estantes.
O primeiro encontro foi um choque de mundos.
“Precisa ser mais para a esquerda. Um centímetro só,” Tobiass orientava, gesticulando.
Martin suspirou, segurando a pesada estante. “A estante está reta. A parede é que é torta.”
“Bem, então vamos enganar a parede! A perfeição está nos detalhes,” Tobiass insistiu, com um sorriso que desarmou a irritação de Martin.
Dias se passaram naquele ritmo. O silêncio de Martin era preenchido pelas histórias que Tobiass contava enquanto Martin trabalhava. Ele falava sobre dragões, reinos distantes e amores impossíveis. Martin, inicialmente apenas um ouvinte relutante, começou a apreciar o som daquela voz.
Ele descobriu que por trás da fachada de homem forte, Martin tinha um coração terno que se comovia com animais abandonados. Martin descobriu que por trás do otimismo de Tobiass, havia uma solidão de quem sempre se sentiu um pouco deslocado.
O amor não chegou com um estrondo, mas com a quietude de um hábito. Martin começou a aparecer na biblioteca sem ser chamado, para “verificar se as estantes estavam firmes”. Tobiass começou a levar um café extra todas as manhãs, “porque sobrava”.
Uma tarde, Martin entrou na biblioteca e colocou um pequeno objeto de madeira na mesa de Tobiass. Era um marcador de páginas, entalhado à mão com o desenho intricado de um dragão, como os das histórias que Tobiass tanto amava.
“Para não perder sua página,” disse Martin, sua voz mais suave do que o normal.
Tobiass pegou o marcador, seus dedos tocando levemente os de Martin. O sorriso que ele deu então era diferente de todos os outros – mais suave, mais profundo, só para Martin.
“É perfeito,” sussurrou Tobiass.
E naquele silêncio compartilhado, entre o cheiro de livros antigos e o de madeira serrada que ainda impregnava as mãos de Martin, os dois mundos finalmente se encaixaram. Perfeitamente.