Mark Sullivan and Bobby Noiret fuck after a bath
A herdade dos Sullivan estendia-se por vales e colinas, um reino verde e severo onde o vento sussurrava histórias de gerações. Mark Sullivan, neto do patriarca, tinha a terra entranhada nas mãos calejadas e no olhar quieto. Era um homem de poucas palavras e de rotinas imutáveis, que acreditava que a vida era feita de deveres: para com a terra, para com o gado, para com o nome que carregava.
Bobby Noiret chegou num jipe poeirento, com um sorriso fácil que parecia desafiar a seriedade do lugar. Era um *chef* francês-canadiano, contratado para transformar o celeiro antigo da herdade num restaurante de luxo, um projeto de sonho do irmão mais novo de Mark. Trazia consigo o caos criativo de panelas, especiarias com nomes exóticos e uma risada que ecoava nos sítios mais inesperados.
Mark observou a invasão com ceticismo. Bobby era tudo o que ele não era: barulhento, irreverente, e vestia calças tão justas que pareciam uma segunda pele. O seu cabelo escuro caía sobre os olhos de um modo que Mark, irritado, achava deliberado.
Os primeiros dias foram um choque de civilizações. Bobby queria ervas frescas colhidas ao amanhecer; Mark preocupava-se com o gado a descer do monte. Bobby falava de “texturas” e “reduções”; Mark falava de rações e de cercas partidas. A comunicação resumia-se a acenos curtos e olhares que atravessavam o pátio de terra batida.
O ponto de rutura aconteceu quando as ovelhas, atraídas pelo cheiro do manjericão de Bobby, invadiram a sua horta improvisada. Mark encontrou o *chef* no meio do rebanho, não em pânico, mas a rir, a acariciar o velho carneiro como se fosse um cão de estimação.
— Eles adoram o meu pesto! — Bobby anunciou, como se fosse a descoberta do século.
Mark, que se preparava para uma discussão, sentiu as palavras fugirem-lhe. O sol da tarde dourava os cabelos de Bobby, e o seu riso misturava-se com o balir das ovelhas. Era uma imagem tão absurda e tão… viva, que o rancor de Mark desfez-se como açúcar no café.




