Marcelo Zapata and Marco Di Pietro fuck – I went to consult and the remedy was Pica

A poeira avermelhada de Marte grudava nas botas e nos painéis solares, mas nada se comparava ao silêncio. Um silêncio absoluto, quebrado apenas pelo sussurro do ventilador do traje e, ocasionalmente, pela voz tranquila de Marcelo Zapata pelo rádio.
“Di Pietro, você está no ponto de coleta Gamma? O espectrômetro está agitado aqui. Podemos ter encontrado a assinatura de argila que a Terra tanto quer.”
Do outro lado da cratera, Marco Di Pietro ajustou o capacete, seus olhos italianos, acostumados às cores vibrantes da Toscana, escaneando o deserto monocromático. “Estou chegando, Zapata. Mas meu radar de solo detectou uma anomalia a trinta metros leste da sua posição. Algo metálico. Não é natural.”
Os dois eram os únicos humanos naquele hemisfério do planeta. Marcelo, o geólogo brasileiro, metódico e apaixonado pelos segredos das rochas. Marco, o engenheiro italiano, pragmático e com um olho sempre nos sistemas e no que poderia falhar – ou enriquecê-los. A missão era científica, mas um achado histórico… isso mudava tudo.
Minutos depois, eles se encontraram na borda de uma depressão. Lá, parcialmente enterrado, estava um painel curvo, de um material que lembrava cerâmica avançada, mas com inscrições que não eram de nenhuma linguagem humana conhecida. Era obviamente artificial e incrivelmente antigo, coberto por milênios de poeira.
O coração de Marcelo acelerou. “Isso… isso reescreve tudo. A primeira prova incontestável.”
Marco já calculava os desdobramentos. “A patente de processamento desse material… os direitos de estudo… Zapata, isso vale mais do que todo o financiamento da Agência Espacial pelos próximos cem anos.”
Houve um silêncio pesado. O mesmo silêncio de Marte, mas agora carregado de uma tensão humana. A descoberta era deles. Mas a quem pertenceria?
Marcelo se ajoelhou, tirando uma amostra com mãos reverentes. “Temos um protocolo. Documentamos tudo, reportamos à base principal…”




