Luke Catton and Jose Miguel fuck

Era uma vez um apartamento minúsculo no último andar de um prédio antigo, onde vivia **Luke Catton**. Ele era um ilustrador de livros infantis, um homem de traços suaves e silêncios confortáveis. Seu mundo era feito de nanquim, xícaras de chá esvaziadas e pilhas de livros organizadas por cor.

No mesmo prédio, no apartamento da frente, morava **José Miguel**. Enquanto Luke desenhava quieto, José Miguel encenava a vida em volume alto. Suas manhãs começavam com salsa, suas noites terminavam com fado, e o cheiro de suas experiências culinárias — uma mistura de pimenta, coentro e algo sempre inidentificável — invadia o corredor como um abraço convidativo.

Por meses, foram apenas sombras: o ruído e a quietude, o sal e o papel. Até o dia em que a chuva forte alagou o estúdio de Luke, estragando uma pilha de originais. Desesperado, ele bateu à porta do vizinho barulhento para pedir um saco plástico.

José Miguel abriu a porta com uma colher de pau na mão e uma música triste no fundo. “Claro, hermano,” disse, sem hesitar, puxando Luke para dentro. Seu apartamento era um caos aconchegante: panelas no fogão, plantas penduradas, fotografias de uma família sorridente na parede.

Em vez do saco, José Miguel ofereceu ajuda, chá de canela e uma história para cada desenho estragado. E Luke, que passava os dias criando mundos para outros, sentiu-se, pela primeira vez, dentro de uma história real.

Daquele dia em diante, os dois mundos se misturaram. Luke ensinou José Miguel a pintar com aquarela; José Miguel ensinou Luke a dançar sem vergonha. A quietude de um acalmou a tempestade do outro, e a alegria de José Miguel coloriu os dias de Luke.

No fim, eles perceberam que o amor não era sobre encontrar alguém igual, mas sobre se encaixar perfeitamente no espaço que o outro tinha vazio. E assim, **Luke** e **José Miguel** escreveram sua própria história — sem pressa, sem dramaticidade, mas com toda a doçura e tempero que um grande amor merece.