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Lucas Mancinni and Dominik fuck

O teatro estava em silêncio, um vácuo de expectativa. Na plateia vazia, apenas uma pessoa sentava-se na penumbra: Dominik. Seus olhos, do tom de floresta após a chuva, estavam fixos no palco.

Lucas Mancinni ajustou o fraque impecável, respirou fundo e ergueu a batuta. O primeiro acorde da *Sonata ao Luar*, de Beethoven, preencheu o espaço, denso e melancólico. Lucas fechava os olhos, deixando-se levar pela música, seus dedos comandando o ar como um escultor de emoções invisíveis. Ele era o maestro, o coração pulsante daquela orquestra, mas nos últimos ensaios, sentia que algo faltava. A técnica estava impecável, mas a alma da música parecia escapulir entre as notas.

Até que ele abriu os olhos por um instante e viu Dominik.

Dominik, o pintor que alugava o ateliê ao lado do teatro, não era dado a palavras fáceis. Sua linguagem eram as cores, os traços brutos que capturavam a essência das coisas, não sua forma perfeita. Ele começara a frequentar os ensaios, dizendo que a música o ajudava a “ver as cores certas”. Lucas, inicialmente, sentiu-se observado. Até que percebeu que, quando seus olhos encontravam os de Dominik, as notas ganhavam uma nova textura.

Um dia, após um ensaio particularmente difícil, Lucas encontrou Dominik no corredor, encostado na parede, com um bloco de esboços na mão.

“O terceiro movimento está muito furioso para ser apenas tristeza,” disse Dominik, sem rodeios.

Lucas arregalou os olhos. “Como você sabe?”

“Porque eu pinto a tristeza,” respondeu ele, baixando a guarda por um segundo. “E a sua música, hoje, não era tristeza. Era raiva. Raiva de estar sozinho na escuridão.”

Aquela observação, crua e precisa, atingiu Lucas como um raio. Ninguém, em anos de carreira, havia escutado sua verdade daquele jeito. Foi o início. Começaram a tomar café juntos. Lucas falava sobre a estrutura das sinfonias, Dominik sobre a teoria das cores e a violência tranquila de pintar ao entardecer. Eles eram mundos diferentes: Lucas, a precisão; Dominik, o caos controlado. Mas nos encontros, descobriam uma sinfonia própria.

Na véspera do concerto importante, Lucas estava um turbilhão de nervos. A pressão por perfeição o asfixiava. Dominik o encontrou no palco vazio, às voltas com uma passagem que não soava “verdadeira”.

“Para,” sussurrou Dominik, subindo ao palco. Ele colocou as mãos sobre os ombros tensos de Lucas. “Fecha os olhos.”

Lucas obedeceu.

“Agora, não pense em notas. Pense… no cheiro da chuva no asfalto quente. No sabor do primeiro gole de café de manhã. No modo como a luz do seu abajur ilumina meu rosto quando eu leio no seu sofá.” A voz de Dominik era suave, uma melodia em si mesma. “Essa é a música. A minha luz. A sua luz.”

Quando Lucas reabriu os olhos, as lágrimas ameaçavam transbordar. Ele entendeu. A música não era sobre perfeição. Era sobre vida. Era sobre aqueles pequenos momentos de pura, simples e avassaladora verdade que ele começara a viver desde que Dominik entrara em seu mundo.

No dia do concerto, o teatro estava lotado. Lucas ergueu a batuta, e sua busca não foi por acordes perfeitos, mas pela memória do toque de Dominik, do seu sussurro, da luz em seus olhos. E a música fluiu. Não era apenas Beethoven. Era Lucas. Era a tristeza que se transformava em esperança, a solidão que encontrava refúgio. Era, no fundo, uma declaração de amor em cada nota.

Ao final, o teatro veio abaixo em aplausos. Lucas, ofegante, baixou a batuta e seus olhos procuraram ansiosos a penumbra. Lá estava ele. Dominik não aplaudia. Simplesmente olhava, com um sorriso tranquilo e orgulhoso, as lágrimas escorrendo livremente pelo seu rosto.

Naquele silêncio entre eles, no meio do rugido da plateia, Lucas Mancinni soube que havia encontrado não um crítico, não um muso, mas seu porto seguro. E Dominik, o pintor das cores brutas, soube que havia encontrado na música disciplinada de Lucas a mais bela e caótica das paletas: a do coração.

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