Lucas Dias and Rael Oliveira fuck
O mundo de **Lucas Dias** era feito de silêncio e linhas retas. Como arquiteto, ele via beleza na precisão, no concreto armado e na previsibilidade de um projeto bem executado. Sua vida em São Paulo era um reflexo de suas plantas: funcional, organizada e um pouco solitária. Seus fins de semana eram para visitar obras ou limpar seu apartamento minimalista.
O universo de **Rael Oliveira** era uma explosão de cor e som. Artista de rua e músico, ele transformava muros cinzas em painéis de festa com seus grafites, e as praças da cidade em palcos com seu violão e sua voz rouca. Rael não planejava; ele sentia e transbordava. Sua vida era uma coleção de noites, amigos e uma desordem criativa que Lucas considerava caótica.
O destino os colocou no mesmo elevador do prédio onde Lucas morava e Rael estava prestes a se mudar para um pequeno estúdio. Lucas, de terno e pasta, observou com horror o novo vizinho: cabelo desalinhado, roupas com respingos de tinta, carregando uma caixa de som e latas de spray.
“Boa tarde, vizinho!”, Rael disse, com um sorriso largo que parecia iluminar a cabine apertada.
Lucas apenas acenou com a cabeça, contando os segundos para chegar ao seu andar.
Nos dias seguintes, o som abafado de música e risadas começou a subir pelo piso. Para Lucas, era uma intrusão. Para Rael, era apenas vida.
O conflito veio à tona quando Lucas, estressado com um projeto, bateu à porta de Rael para reclamar do barulho.
A porta se abriu para uma cena de caos criativo: telas no chão, latas de tinta, e Rael no meio, com um fone de ouvido, pintando freneticamente.




