Logan Moore and Rex Cameron fuck on the car – Jungle To The Wolves, Editor’s Cut
						O vento soprava frio e constante sobre a planície de Montana, levando consigo o cheiro de terra molhada e pinheiros. Logan Moore sentia o cheiro no ar muito antes de a chuva chegar. Ele conhecia cada centímetro daquela terra, cada sombra que o sol projetava sobre os picos das montanhas. A vida no rancho da família era solitária, mas ele preferia a companhia dos cavalos e do gado à dos homens.
Tudo mudou com a chegada de Rex Cameron.
Rex era um fotógrafo de vida selvagem, enviado por uma revista internacional para documentar a migração dos alces. Ele chegou dirigindo um jipe alugado, vestindo um casaco caro demais para o trabalho real e carregando mais equipamento do que Logan julgava necessário para uma vida inteira. Seus modos eram polidos, suas mãos, macias. Tudo em Rex gritava “forasteiro”.
Logan foi designado para ser seu guia. Os primeiros dias foram marcados por um silêncio pesado, quebrado apenas pelas instruções curtas do rancheiro.
“O vento está vindo de leste. Fique a sotavento ou eles nos sentirão a uma milha de distância.”
Rex apenas anuía, seus olhos verdes atentos, não apenas aos animais, mas a Logan. Ele via a maneira como Logan se movia com a terra, como sussurrava para os cavalos, como sua presença calma acalmava até os novilhos mais ariscos. Havia uma história naqueles olhos azuis claros, uma história que Rex desejava desesperadamente capturar.
O gelo começou a quebrar numa noite fria, quando uma nevasca surpresa os obrigou a se refugiar num antigo abrigo de caça. Enquanto a tempestade rugia lá fora, Rex, tremendo de frio, viu Logan acender um fogo com uma habilidade que parecia quase mágica.
“Você nasceu para isso, não foi?” Rex perguntou, estendendo as mãos para as chamas.
Logan encarou o fogo. “Alguns de nós não têm escolha. A terra é a nossa herança. E a nossa prisão.”
Rex pegou sua câmera, não para fotografar, mas para mostrar uma foto na tela. Era um close-up dos olhos de Logan, tirado mais cedo naquele dia. Na imagem, contra o pano de fundo das montanhas infinitas, havia uma solidão tão profunda que fez o próprio Logan conter a respiração.
“Eu vejo beleza,” sussurrou Rex. “Onde você só vê obrigação.”
Naquela noite, dentro do abrigo apertado, com o mundo lá fora sendo apagado pela neve, algo desabrochou. O toque acidental de suas mãos ao passarem uma garrafa de água não foi mais acidental. O silêncio entre eles não era mais desconfortável, mas carregado de algo quente e novo.
O amor não foi declarado com palavras grandiosas sob o céu aberto. Foi sussurrado no escuro, confessado no toque de um lençol compartilhado para se aquecerem, selado com um beito lento e deliberado que sabia a fumaça de lenha e a promessa de um novo começo.
Rex não fotografou apenas a vida selvagem naquela viagem. Ele fotografou a maneira como a luz da manhã iluminava o perfil de Logan, as mãos calejadas do homem entrelaçadas com as suas, mais macias agora. E Logan, por sua vez, aprendeu a ver sua própria vida através das lentes de Rex. Ele não via mais apenas trabalho duro e solidão, mas uma paisagem de uma beleza brutal e honesta. Uma beleza que, finalmente, ele não precisava enfrentar sozinho.
Quando o jipe de Rex desapareceu na estrada de terra, Logan não sentiu o vazio habitual. Ele sentiu a promessa guardada no cartão de memória que Rex deixara para trás, cheio de imagens que contavam a história de como um forasteiro ensinou a um homem da terra o significado de ser visto. De ser amado.
				



