Levy Foxx and Champ Robinson fuck

A chuva fina de outono em Seattle pintava as ruas de um cinza prateado sob o crepúsculo. Levy Foxx, com seus óculos embaçados e a postura curvada de quem carrega o mundo nos ombros, tentava em vão abrir o guarda-chuva teimoso em frente à cafeteria The Daily Grind. A pressa para entregar o último projeto de arquitetura o havia feito esquecer o conserto.
“Parece que está em greve,” uma voz diz, clara e sorridente, sobre sua cabeça.
Levy ergue os olhos. Sobre ele, um guarda-chuva preto, amplo, já o protege. E sob o guarda-chuva está Champ Robinson. Levy o reconhece instantaneamente – não pelo nome, que ele ainda não sabe, mas pelo tipo de presença que preenche um espaço. Champ era professor de educação física em uma escola próxima, conhecido por seu sorriso fácil e por transformar qualquer tarefa mundana, como esperar na fila do café, em uma pequena celebração. Levy, em contraste, era um arquiteto que desenhava linhas precisas e vivia em um mundo de silêncios e perspectivas calculadas.
“Obrigado,” Levy murmura, abaixando o guarda-chuva defeituoso. “É uma situação um tanto… desengonçada.”
Champ ri, um som quente que parece desafiar o frio da tarde. “Desengonçado tem seu charme. Venha, te deixo na esquina. A menos que seu destino seja ficar aqui, plantado, virando uma estátua moderna.”
Caminham juntos sob a chuva miúda. Levy, normalmente tão articulado com suas plantas e maquetes, sente as palavras fugirem. Champ, por sua vez, fala com a naturalidade de quem respira, comentando sobre o jogo de basquete dos alunos, o cheiro único da cidade depois da chuva, a placa de um café que ele jurou um dia experimentar.
“É aqui,” Levy diz, parando diante do prédio de vidro e aço onde trabalha.
“O famoso arranha-céu espelhado,” Champ observa, olhando para cima. “Sempre me pergunto como é trabalhar lá dentro. Deve ser como viver dentro de um diamante, cheio de reflexos e ângulos.”
A descensão surpreende Levy. As pessoas geralmente viam apenas o status, não a poética da estrutura. “É… frio, às vezes,” ele admite, sem planejar. “Tudo linhas retas. Nada inesperado.”




