Leonardo and Rudy Gram fuck

O silêncio na oficina era quebrado apenas pelo ruído suave da lixa de Leonardo contra o braço de uma cadeira de carvalho. Serragem dançava no raio de sol que entrava pela janela, iluminando móveis antigos e ferramentas penduradas com precisão. Leo era um restaurador, um homem que dedicava sua vida a consertar coisas quebradas, a dar uma segunda chance a objetos esquecidos. Suas mãos, calejadas e cuidadosas, conheciam a linguagem da madeira.

A campainha da loja tilintou.

Na entrada, parado sob a moldura da porta como um quadro deslocado, estava um homem com um terno impecavelmente cinza e uma expressão que era uma mistura de curiosidade e desconforto. Rudy Gram.

“Preciso de um conserto”, disse Rudy, sua voz limpa e profissional, um contraste gritante com o ambiente acolhedor e empoeirado da oficina.

Ele não trazia um móvel. Trazia apenas um pequeno cavalo de madeira, desgastado pelo tempo, com uma das orelhas quebrada. Era uma peça simples, tosca até, mas ele a segurava com uma reverência que não combinava com seu visual de executivo.

“Era do meu avô”, explicou Rudy, sem que Leo perguntasse. “Foi a única coisa que consegui salvar quando vendi a casa da família.”

Leonardo pegou o cavalinho com uma delicadeza que fez Rudy suspirar, aliviado. Seus dedos examinaram a fratura, seus olhos percorreram as veias da madeira.

“Não é uma peça difícil”, disse Leo, finalmente. “O problema não é a orelha. É a tristeza que ela carrega. Madeira sente abandono.”