Leo West fucks Josh Collins
O vento salgado do fim de tarde enrugava a superfície do oceano, pintando o céu de laranja e roxo. Leo West encostou a prancha de surf na parede externa do seu trailer, seu corpo cansado mas satisfeito. Aquele era seu ritual: pegar as últimas ondas do dia e depois consertar as pequenas avarias dos equipamentos de mergulho dos turistas. Sua vida era simples, regida pelas marés e pelo sol, e ele gostava disso.
Josh Collins chegou à praia em uma nuvem de poeira, dirigindo um jipe alugado que parecia desproporcionalmente limpo para aquele lugar. Ele desceu do carro com cuidado, ajustando o relógio smartwatch e olhando para o mar com uma expressão que era uma mistura de admiração e ansiedade. Trazia uma pasta embaixo do braço, um resquício do mundo corporativo que tentava deixar para trás, mesmo em férias.
Ele avistou o trailer de Leo, uma placa improvisada escrita “Surf & Dive” balançando suavemente. Era o único lugar que parecia oferecer aulas de surf.
“Precisa de ajuda?” Leo perguntou, surgindo de trás do trailer com uma chave inglesa na mão. Seus cabelos loiros estavam embaraçados pelo sal, e seus olhos azuis pareciam conter todo o oceano dentro deles.
Josh sentiu as palavras fugirem. “Eu… eu queria uma aula. De surf.”
Leo esboçou um sorriso fácil. “Tá certo. O nome é Leo.”
“Josh.”
A primeira aula foi um desastre elegante. Josh caía da prancha com uma determinação quase cômica, engolia água salgada e lutava contra as ondas como se estivesse em uma reunião acirrada. Leo, por sua vez, ria com um som grave e calmante, e suas instruções eram sussurros pacientes no ouvido de Josh, ensinando-o a ler o ritmo do mar, a sentir a água, não a combatê-la.
“O oceano não é seu chefe, Josh. Você não pode mandar nele. Você tem que dançar com ele”, Leo disse, segurando a prancha enquanto Josh tentava se equilibrar mais uma vez.
Aquela frase ecoou na mente de Josh nos dias seguintes. Ele, que passava a vida tentando controlar tudo, estava aprendendo a se render. E Leo, que vivia uma vida de rendição às forças da natureza, estava encontrando algo—ou alguém—em que quereria se ancorar.
As aulas tornaram-se um ritual. E depois das aulas, ficaram as conversas na areia, vendo o sol se pôr. Josh falava do estresse da cidade, da pressão por resultados, da vida que parecia um script que ele não havia escrito. Leo contava histórias de tempestades no mar, de golfinhos que acompanhavam seu barco ao amanhecer, da simplicidade de uma vida com pouco, mas com tudo que importava.
Uma noite, sentados na praia vazia, compartilhando uma garrafa térmica de café, Josh olhou para Leo e disse: “Eu acho que passei a vida inteira tentando surfar uma onda que não era minha. Só para impressionar pessoas que nem sei o nome.”
Leo olhou para ele, a luz do crepúsculo iluminando seus traços. “E agora? Qual é a sua onda, Josh Collins?”
Josh não respondeu com palavras. Em vez disso, inclinou-se para a frente e beijou Leo. Foi um beijo que sabia a sal, a café e a coragem recém-descoberta. Foi lento e doce, como a maré enchendo.
Leo correspondeu, sua mão áspera de tanto contato com cordas e pranchas encontrando a nuca suave de Josh. O mundo—o som das ondas, o chilrear dos grilos na restinga—pareceu fazer uma pausa para aqueles dois homens, tão diferentes e tão iguais.
Josh não pegou a onda perfeita naquela viagem. Mas encontrou um porto. E Leo, que sempre navegava sozinho, descobriu que ter alguém para voltar na praia era a maior aventura de todas. Juntos, naquela praia sem fim, eles estavam, finalmente, em casa.




