Leo Saquetto fucks PoloxxxFans
Leo Saquetto era um sinônimo de perfeição. Com três estrelas Michelin penduradas na porta de seu restaurante em São Paulo, *L’Étoile Solitaire*, ele comandava uma cozinha onde o silêncio era mais cortante que suas facas de sushi. Cada folha de manjericão era medida, cada grau de cozimento cronometrado, cada gota de molho colocada com pinça. O mundo de Leo era uma coreografia impecável de sabores, onde o caos não tinha vez. Mas sua vida pessoal era um prato vazio – divorciado, solitário, com um paladar que havia esquecido o sabor da espontaneidade.
**PoloxxxFans** era o caos digital personificado. Seu verdadeiro nome era Paulo, mas ninguém o chamava assim. Com mais de dois milhões de seguidores, seu canal era um templo do absurdo culinário: hambúrgueres de cinco andares que desabavam, tentativas de réplicas de pratos famosos com ingredientes de vending machine, receitas “de chefe” executadas com uma combinação de desastre e carisma que fazia as pessoas rirem e cozinharem junto. Seu lema era: **”Se deu ruim, deu conteúdo!”**. Por trás da persona, porém, Paulo lutava para ser levado a sério. As marcas só queriam patrocínios ridículos, e seu sonho secreto de abrir um food truck acessível e genuíno parecia cada vez mais distante.
O universo dos dois colidiu em um acidente midiático. Um influenciador gastronômico tradicional fez um vídeo criticando ferozmente o *”fast food digital de baixa qualidade”*, usando PoloxxxFans como exemplo principal. A resposta de Paulo foi um vídeo hilário tentando replicar o prato mais icônico de Leo Saquetto: o *”Consomé de Lagosta com Esferas de Yuzu e Caviar Ouro”*, usando caldo Knorr, gelatina incolor e bolinhas de tapioca tingidas com corante alimentício. O vídeo foi um desastre glorioso e viralizou.
Para surpresa de todos, foi o próprio Leo Saquetto quem respondeu. Em vez de uma nota de repúdio, ele postou um stories enigmático: **”O caos às vezes revela verdades que a perfeição esconde. Desafio aceito, @PoloxxxFans.”**
O que ele propôs foi uma troca. Paulo passaria uma semana na cozinha de *L’Étoile Solitaire*, aprendendo (e provavelmente atrapalhando) tudo. Leo, por sua vez, passaria um dia tentando criar um vídeo “estilo PoloxxxFans”. A internet pegou fogo.
A semana na cozinha de Leo foi um purgatório hilariante. Paulo quebrou um termômetro de precisão, confundiu açafrão com curry, e chamou o *sous-chef* de “amigão”. Mas em meio ao caos, algo aconteceu. Em uma pausa, Paulo, vendo os estagiários exaustos e famintos, improvisou um lanche rápido com as sobras do dia – um sanduíche de pão baguete amanhecido, restos de carne wagyu e um molho feito com maionese e um toque do yuzu caríssimo. Era feio, bagunçado e incrivelmente saboroso. Os funcionários da cozinha devoraram, rindo. Leo observou, intrigado. Aquele sanduíche, cheio de erros, tinha algo que seus pratos perfeitos não tinham: alegria.
A revanche foi pior. Leo tentou fazer um vídeo “desastre”. Ele era tenso, robótico, e sua tentativa de fazer um bolo de caneca no micro-ondas foi… perfeita. Um fracasso retumbante como influenciador. Paulo, rindo até chorar, deu a ele a lição mais importante: **”Você não sabe ser ruim, chef! Você tem que se soltar! Deixa queimar!”**
O momento de virada foi durante a gravação. Frustrado, Leo derrubou acidentalmente farinha por toda a bancada. Ele ficou paralisado, olhando para a bagunça, e então, pela primeira vez em anos, soltou uma risada genuína. Aquele momento, capturado no vídeo final, mostrou um Leo humano, vulnerável. Foi o clipe mais compartilhado da carreira de ambos.
Dessa colisão improvável, nasceu o projeto **”Gourmet na Lata”**. Leo e Paulo uniram forças para criar um food truck que servia comida de alta qualidade, mas descontraída e a preço acessível. Leo trouxe a técnica e o controle de sabor; Paulo trouxe a criatividade desinibida e a conexão com as pessoas. O cardápio era uma fusão dos dois mundos: o “Wagyu Desmontado” (restos do restaurante de Leo transformados num sanduíche épico) e o “Yuzu Fake Fancy” (a bebida de tapioca que viralizou, mas agora com fruta real).
No lançamento, uma fila de fãs de PoloxxxFans e curiosos da alta gastronomia se misturou na calçada. Leo, de avental simples, servia com as mãos sujas de molho. Paulo, sério por uma vez, cuidava da apresentação final.
Um crítico famoso, que fora para caçoar, escreveu: **”Saquetto não caiu do pedestal. Ele finalmente desceu dele. E descobriu que a comida tem mais sabor quando compartilhada com gente real.”**
Hoje, *L’Étoile Solitaire* ainda tem suas estrelas, mas abre uma vez por mês como um “pop-up” descontraído. O canal **PoloxxxFans** agora tem uma série chamada **”Descomplicando o Chef”**, onde Leo ensina técnicas reais de forma acessível. Juntos, eles provaram que a cozinha não precisa ser um templo do perfeccionismo ou um circo do caos. Pode ser uma casa onde há lugar para a precisão e para a risada, para o ouro comestível e para o sanduíche que escorre pela barba.
Na parede do food truck, uma placa resume tudo:
**”O melhor tempero não está no saleiro, está na cozinha que não tem medo de errar. — Leo & Paulo (aka PoloxxxFans)”**
Dois mundos gastronômicos, uma lição: às vezes, você precisa derramar a farinha toda no chão para descobrir a receita que faltava.




