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Leo Saquetto and Thiago Lazzarato fuck

O mundo de Leo Saquetto era feito de linhas retas, planilhas e a previsibilidade reconfortante dos números. Ele era contador, e sua vida em São Paulo seguia um ritmo metronômico: trem às 7:15, almoço às 12:30, retorno para casa às 18:45. Sua maior ousadia era variar o sabor do café no escritório. Tudo mudou numa quinta-feira chuvosa, quando um desvio no metrô o forçou a pegar um caminho diferente e ele se viu frente a frente com o estúdio “Lazzarato Cerâmicas”.

A vitrine era um caos organizado de formas orgânicas e cores terrosas. E no centro daquele universo, coberto de argila até os cotovelos, estava Thiago Lazzarato. Seus cabelos cacheados formavam uma coroa desobediente, e seus olhos escuros brilhavam com uma intensidade que desarrumava por completo a ordem estabelecida de Leo.

Movido por um impulso que nem mesmo suas planilhas poderiam explicar, Leo entrou. Um sino tilintou sobre a porta.

“Pode tocar à vontade, mas cuidado com o ‘Espírito da Terra’ ali no canto, ele ainda está se encontrando”, disse Thiago, sem nem olhar para cima, as mãos moldando um vaso que parecia dançar no torno.

Leo não tocou em nada. Ficou parado, observando as mãos do artista transformarem um bloco amorfo em algo cheio de vida e curva. Aquelas mãos não tinham medo da desordem, da imperfeição.

Thiago, finalmente, ergueu os olhos e viu o homem de terno impecável, parado como uma estátua no meio de seu caos criativo. Um sorriso surgiu em seu rosto.

“Pode respirar, o ar aqui é livre de toxinas, só tem poeira de argila e sonhos.”

Leo soltou um riso nervoso. E foi esse o primeiro som que trocaram.

Thiago começou a dar aulas de cerâmica às terças-feiras. Leo, para seu próprio espanto, inscreveu-se. Suas primeiras tentativas foram tristes cilindros tortos, mas Thiago não ria. Apenas se aproximava, suas mãos cobrindo as de Leo, guiando seus movimentos desajeitados.

“A argila não gosta de pressa, Leo. Ela gosta de conversa, de paciência. Você tem que sentir o que ela quer se tornar.”

E Leo, pela primeira vez, começou a sentir. Sentia a textura fria e úmida da argila, o calor do corpo de Thiago perto do seu, o ritmo desacelerado daquele lugar. Aos poucos, as xícaras trêmulas deram lugar a tigelas modestas, e então a uma forma ousada e assimétrica que Thiago apelidou de “A Alma do Contador”.

O primeiro beijo aconteceu no estúdio, após a aula. A oficina estava vazia, iluminada apenas pela luz dourada do fim de tarde que entrava pela janela suja. Leo estava lavando suas ferramentas, as mãos cobertas de um barro seco e prateado. Thiago se aproximou e, sem dizer uma palavra, pegou seu rosto entre as mãos, manchando suas bochechas imaculadas com a marca terrosa de seu ofício.

“Finalmente,” sussurrou Thiago, seu olhar sério. “Estava esperando você se sujar.”

O beijo foi uma colisão de mundos. Sabor de terra, café e algo indefinível, doce e salgado ao mesmo tempo, como a promessa de um novo começo.

Leo não abandonou suas planilhas, mas agora, sobre sua mesa imaculada, repousa um porta-lápis grotesco e lindo, a primeira peça que fez sozinho. E Thiago, em sua prateleira de obras-primas, guarda um pequeno e perfeito cubo de argila que Leo moldou para ele, um símbolo da ordem que encontrou no caos do amor.

Juntos, Leo e Thiago descobriram que o amor não é sobre endireitar as curvas ou suavizar as arestas, mas sobre criar algo novo e belo a partir do barro de duas vidas completamente diferentes.

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