Leather x Rubber – Colton Reece and Axel fuck

O Galpão 7 não abrigava nada de oficial. Era um espaço esquecido na zona industrial, com vidraças quebradas tapadas com papelão e o cheiro permanente de graxa e poeira velha. Era o reino de Axel.
Axel não tinha sobrenome conhecido, ou talvez ele mesmo tivesse se livrado dele. Era um free-runner, um poeta do concreto. Para ele, o galpão abandonado não era ruína; era uma paisagem. Cada viga de sustentação era um caminho, cada montanha de pneus velhos era um trampolim, cada claraboia alta era um objetivo. Seu corpo, magro e forjado em músculos tensos, escrevia versos no ar, saltando, girando, caindo e rolando sobre o chão de concreto com um impacto suave que mais parecia um sussurro. Ele corria do vazio. Do silêncio de um apartamento vazio que nunca sentiu como lar.
Colton Reece chegou ao Galpão 7 por acaso. Era fotógrafo de arquitetura, contratado para documentar a “decadência industrial” antes da demolição. Equipado com câmeras de alta resolução e um tripé caro, ele buscava ângulos perfeitos, simetrias degradadas, a história estática da queda.
O que ele encontrou foi um fantasma em movimento.
Ao enquadrar uma claraboia, um vulto cruzou seu visor. Um vulto que desafiou a gravidade, escalando uma parede com apenas algumas saliências de tijolo, virando no ar e aterrissando em um silêncio quase ofensivo. Colton baixou a câmera, o coração batendo forte. Era… uma violação. Da física, da decadência, da sua própria arte estática.
Axel o avistou. Parou, equilibrando-se em uma viga a cinco metros do chão, como um pássaro de rapina prestes a decolar. Seus olhos, no rosto sujo de poeira, eram desafiadores.
— Você vai me denunciar? — a voz de Axel ecoou no galpão vazio, mais áspera do que o esperado.
— Eu… Eu preciso de mais luz, — disse Colton, surpreso por sua própria resposta. Não era um “saia daqui”. Era um problema técnico de iluminação.
Foi o início de uma negociação estranha. Colton, o mestre da imagem parada, começou a perseguir a imagem em movimento. Ele implorou, negociou, ofereceu dinheiro (recusado) e, por fim, café quente e um sanduíche (aceito). Axel concordou em deixá-lo fotografar, mas com condições. Sem flashes bruscos. Sem pedir poses. Colton teria que capturá-lo no fluxo, ou perdê-lo para sempre.




