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Kilianobaby – fucking on the roof deck

Kilianobaby era um colecionador de mundos. Não em mapas ou globos, mas em pessoas. Seu apartamento minúsculo era um museu de histórias alheias: um cinzeiro roubado de um bar em Berlim, um botão de uma camisa de um ex-namorado poeta, uma concha do Mar Adriático dada por uma idosa em uma praia. Cada objeto era uma cápsula do tempo de um afeto passageiro. Kilian se especializara em começos felizes e finais suaves, sem deixar que nenhum deles realmente o tocasse. Era amável, divertido, profundamente superficial.

Seu novo “objeto de estudo” era Leon, um barista de um café perto de seu trabalho. Leon era quieto, tinha olhos cor de âmbar e mãos que tremiam levemente ao servir o café, mas que eram firmes ao desenhar nos copos de papel. Ele não desenhava corações ou nomes, mas pequenos monstros gentis, criaturinhas de um olho só com sorrisos tímidos.

Kilian ficou fascinado. Aquela era uma história diferente. Ele iniciou seu ritual: visitas diárias, perguntas calculadas, um sorriso encantador. Leon era reservado, mas sempre respondia com uma gentileza quieta. Kilian começou a colecionar os copos de papel com os desenhos, alinhando-os em uma prateleira como troféus.

Um dia, Kilian chegou exausto no café. Seu trabalho o havia esgotado, e a máscara de charme estava pesada. Leon o observou, em silêncio, e serviu seu pedido habitual. No copo, não havia um monstro. Havia um único olho, grande, com uma lágrima caindo.

Kilian olhou para o desenho, depois para Leon. “Como você soube?”

Leon encolheu os ombros. “As pessoas são meu café. Eu sinto o gosto delas.”

Aquela foi a primeira vez que Kilian se sentiu *lido*, em vez de ser o leitor. A sensação foi assustadora e viciante.

Ele começou a ir ao café nos momentos ruins, não só nos bons. E os desenhos de Leon se tornaram um diário íntimo dos seus sentimentos. Um labirinto quando ele estava confuso. Um escudo rachado quando se sentiu vulnerável.

A coleção de copos encheu a prateleira. E Kilian percebeu, com um frio no estômago, que ele não estava mais colecionando a história de Leon. Ele estava se entregando à sua própria história, uma que ele nunca permitiu ser contada.

A gota d’água foi um copo com o desenho de uma chave, desenhado no dia em que Kilian conseguiu uma grande promoção no trabalho. Uma chave. Algo que abre portas. Algo que pode trancar ou libertar.

Naquela noite, Kilian foi ao café depois do horário de fechar. A luz estava acesa. Ele bateu na porta de vidro. Leon apareceu, surpreso.

“Eu… vim devolver algo,” Kilian disse, sua voz estranhamente vulnerável.

Ele entregou a Leon uma caixa. Dentro, estavam todos os copos de papel, meticulosamente aplanados e preservados.

“Eu não quero mais colecionar pedaços de você,” Kilian confessou, os olhos marejados. “É muito egoísta. Eu quero… eu quero a obra inteira. Se você me permitir.”

Leon olhou para os copos, depois para o rosto de Kilian, iluminado pela luz suave do café. Um sorriso lento e cálido surgiu em seus lábios. Ele pegou um copo em branco e desenhou rapidamente. Dois monstros de uma só cabeça, cada um segurando a metade de um coração-cadeado.

Ele entregou o copo a Kilian.

“É um começo,” Leon disse.

E pela primeira vez, Kilian não viu um objeto para sua coleção. Viu um convite para um novo mundo. Um que ele não queria apenas visitar, mas habitar.

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