Kai Taylor and Dave Mitchell fuck – Pool Boys
O mundo de Kai Taylor era definido por linhas retas, prazos de entrega e a fria precisão do aço e do concreto. Como arquiteto, sua vida era um projeto de lógica implacável. Seu loft imaculado, com suas superfícies minimalistas, era seu refúgio silencioso. Até que Dave Mitchell, o novo chef do restaurante no térreo do prédio, decidiu instalar sua horta de ervas na varanda compartilhada—exatamente ao lado da janela de Kai.
O primeiro conflito foi sobre o alecrim.
“Suas ervas, Mitchell, estão invadindo o meu espaço aéreo”, Kai reclamou, apontando para os galhos que escapavam pela divisória.
Dave surgiu na porta da cozinha, com um avental manchado de molho e um sorriso que parecia desafiar a seriedade do universo de Kai.
“Espaço aéreo? Isso é poético para um homem de concreto, Taylor. É alecrim. Melhora o humor e o frango assado. Experimente.”
Kai não queria experimentar. Ele queria ordem. Mas Dave era um furacão de sabores, aromas e caos organizado. Ele aparecia na porta de Kai com pequenas amostras de seus experimentos: um molho de pimenta defumada, um patê de figo com alecrim (o mesmo que invadia o “espaço aéreo”), um pão caseiro ainda quente. Era impossível resistir.
Dave não se encaixava em nenhum dos planos de Kai. Sua cozinha era um território de improvisação gloriosa, onde as receitas eram meras sugestões. Kai, que desenhava cada cano e fio elétrico antes da primeira pá de terra, ficava fascinado e aterrorizado com aquela abordagem à vida.
A virada aconteceu em uma noite fria de inverno. O sistema de aquecimento de Kai pifou, e Dave o encontrou encolhido no sofá, com três casacos.
“Isso é um crime contra a humanidade”, Dave declarou, arrastando Kai para baixo, para a cozinha quente e vibrante do restaurante. Ele o colocou para descascar batatas e, em seguida, para mexer um risoto cremoso.
Envolvido pelo calor dos fogões, pelo aroma de caldo e pelo som de jazz suave que Dave sempre tocava, Kai sentiu algo em seu peito rígido começar a derreter. Ele olhou para Dave, com o rosto iluminado pelo fogo, cantarolando baixo enquanto salteava cogumelos, e percebeu que estava vendo um lar—não um projeto, mas um sentimento.
“Você sabe”, disse Kai, sua voz mais suave do que o normal, “meus projetos são elogiados por sua estabilidade. Por serem à prova de falhas.”
Dave desviou o fogo e olhou para ele, seus olhos brilhando. “E são?”
“Não”, sussurrou Kai. “Eles não são à prova de você.”
Dave sorriu, um sorriso lento e quente como o risoto no fogo. “Bom. Porque a melhor coisa que se pode construir não é um prédio, é uma conexão. E isso sempre exige um pouco de… improviso.”
E naquela cozinha, entre panelas e projetos, Kai Taylor aprendeu que o amor não era uma linha reta. Era uma receita secreta, um prédio que você erguia dia após dia, com os ingredientes que a vida lhe dava. E Dave Mitchell, com suas ervas invasoras e seu coração enorme, era o alicerce mais sólido que ele já encontrara.




