Jupiter Colt and Viktor Rom fuck – Halloween Special
**Título: O Caçador de Estrelas e o Guardião da Terra**
**Jupiter Colt** era um astrofotógrafo. Seu mundo eram as vastidões geladas do cosmos, capturadas através das lentes de telescópios poderosos. Ele passava noites sozinho em montanhas desertas, perseguindo a luz de nebulosas distantes. Sua vida era um silêncio estrelado, uma busca solitária pela imensidão, enquanto sentia um vazio igualmente grande dentro de si.
**Viktor Rom** era um micologista. Seu reino era o chão da floresta, a vida que brota na sombra e na decomposição. Ele estudava a rede de micélio, os cogumelos que curam, que alimentam, que comunicam. Sua vida era cheia de cheiros de terra molhada, texturas de musgo e a paciência de observar o crescimento lento e interconectado das coisas. Ele estava profundamente enraizado, mas sozinho em sua quietude.
Seus universos se chocaram em uma reserva natural. Jupiter havia levado seu equipamento para longe da poluição luminosa da cidade. Viktor estava lá para catalogar uma nova espécie de fungo bioluminescente.
Uma tempestade inesperada os forçou a buscar abrigo na mesma cabana abandonada. Jupiter, frustrado por ter sua sessão arruinada, resmungou sobre a “imprevisibilidade terrena”. Viktor, calmamente examinando seus espécimes à luz de uma lanterna, respondeu:
“A imprevisibilidade é que torna a Terra interessante. No céu, tudo é previsível. Frio e morto.”
A observação cortou Jupiter como um raio. Eles passaram a noite encurralados, o astrofotógrafo do macrocosmo e o micologista do microcosmo. Jupiter mostrou suas fotos de galáxias espirais. Viktor mostrou a estrutura de um cogumelo, apontando como se assemelhava à de uma galáxia.
“Talvez estejamos todos conectados pela mesma lógica,” Viktor sugeriu, seus dedos delicados apontando para as fotos. “Do micélio sob nossos pés aos braços da Via Láctea.”
A tempestade passou, mas algo havia nascido na cabana. Jupiter, o homem que sempre olhou para cima, começou a olhar para baixo. Ele acompanhou Viktor em suas caminhadas, fascinado pelo mundo minúsculo e complexo que ele revelava. Viktor, por sua vez, que sempre manteve os pés no chão, começou a olhar para o céu noturno com uma nova reverência, guiado pela paixão contagiante de Jupiter.
O amor não foi uma explosão de supernova, mas uma simbiose tranquila, como um fungo e uma árvore. Foi Jupiter ensinando Viktor a ler as constelações. Foi Viktor mostrando a Jupiter a teia de vida que prosperava na escuridão, tão complexa quanto qualquer nebulosa.
Numa noite clara, no topo da montanha onde se encontraram, Jupiter montou seu telescópio. Em vez de apontá-lo para o espaço, ele o focou no chão da floresta, iluminado pela luz suave dos cogumelos bioluminescentes que Viktor havia encontrado.
“É a minha nebulosa particular,” Jupiter sussurrou, sua mão encontrando a de Viktor no escuro.
Viktor sorriu, seus olhos refletindo tanto as estrelas acima quanto o brilho suave da terra abaixo. “E eu finalmente encontrei uma estrela que não está a anos-luz de distância.”
O caçador de estrelas e o guardião da terra descobriram que o universo não estava apenas lá fora ou aqui embaixo. Estava no espaço que criaram juntos, um cosmos próprio onde o infinitamente grande e o infinitamente pequeno se entrelaçavam perfeitamente.



